Um estudo divulgado nesta terça-feira (3/10) mostra que as empresas brasileiras estão adotando e se preocupando mais com as práticas de governança corporativa. A pesquisa ‘Pratique ou Explique: Análise Quantitativa dos Informes de Governança’, feita pelo IBGC, EY e TozziniFreire Advogados, analisou 410 companhias que entregaram o Informe de Governança à CVM até 4 de agosto.
O resultado foi que a aderência média às práticas recomendadas de governança foi de 65,3%, um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação a 2020 e de 14,2 pontos percentuais em relação a 2019.
O estudo também avaliou a aderência por setor econômico, sendo o de petróleo, gás e combustíveis o mais alto, com 76,7%. As empresas que fazem parte do Ibovespa também se destacaram, com 80,6% de aderência média em 2023. Entre as práticas individualizadas, as que tiveram maior adesão foram a formalização das atas, a separação dos cargos de CEO e PCA e a não reserva de cargos de diretoria e gerenciais para indicação direta por acionistas.
Os pesquisadores elogiaram o avanço da governança nas empresas brasileiras, mas alertaram que é preciso verificar se as práticas reportadas são efetivamente implementadas. Eles também apontaram os desafios que ainda existem, como a diversidade nos conselhos, a política de transações com partes relacionadas e a gestão de riscos.
