Painel debate gestão estratégica da litigiosidade com foco em sustentabilidade fiscal, recuperação de ativos e impactos socioambientais no Global Meeting

Representantes da Procuradoria-Geral Federal, do Tesouro Nacional, da Caixa Econômica Federal e do setor privado discutem governança pública, responsabilidade fiscal e justiça social sob a ótica ESG

31/07/2025 04h01 - Atualizado há 21 horas

Painel debate gestão estratégica da litigiosidade com foco em sustentabilidade fiscal, recuperação de ativos
George Vieira - Instituto Global ESG

Durante a programação oficial do Global Meeting – Instrumentos Fiscais e Tributários Sustentáveis, promovido pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Instituto Global ESG, no contexto do Circuito COP30, o quinto painel do simpósio reuniu autoridades estratégicas para refletir sobre o tema “Gestão estratégica da litigiosidade: impactos socioambientais, recuperação de ativos e sustentabilidade fiscal”.

 

Com moderação da procuradora-geral federal, Adriana Venturini, o painel teve como foco a construção de uma cultura institucional orientada pela governança ativa da litigiosidade, justiça fiscal e equilíbrio ambiental na condução dos processos e créditos públicos.

 

Entre os convidados, o subprocurador-federal de Contencioso da PGF, Sidarta Costa de Azeredo, abordou os desafios da judicialização em massa e defendeu a adoção de critérios estratégicos para tratamento de litígios complexos e de alto impacto socioeconômico. Segundo ele, a atuação proativa da AGU é fundamental para reduzir passivos, recuperar ativos e preservar a integridade institucional.

 

O diretor da Procuradoria Nacional Federal de Cobrança Extrajudicial, Paulo Firmeza Soares, trouxe a perspectiva do campo da execução e apresentou dados sobre os avanços na cobrança administrativa qualificada. Ele destacou que a integração entre as procuradorias e os órgãos da administração pública fortalece a recuperação de recursos públicos com economicidade, efetividade e critérios de sustentabilidade.

 

Já o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Ministério da Fazenda, David Rebelo Athayde, reforçou a importância da articulação entre as metas fiscais e os mecanismos de resolução de conflitos. Para ele, a litigiosidade ativa e estratégica é parte essencial do novo modelo de Estado sustentável e responsável, alinhado à consolidação de marcos normativos de impacto.

 

Representando o setor financeiro, o diretor jurídico da Caixa Econômica Federal, Carlos Augusto de Andrade Jenier, destacou a necessidade de sinergia entre bancos públicos e a advocacia pública na defesa do patrimônio estatal e na formatação de soluções consensuais.

"A integração institucional qualifica a governança e aumenta a confiança na gestão pública”, afirmou.

 

A advogada Roberta Negrão, sócia do Dutra Advogados, trouxe a visão da advocacia privada e reforçou que a previsibilidade jurídica, a transparência nos critérios e a corresponsabilidade entre Estado e contribuintes são essenciais para transformar o contencioso em espaço de diálogo, equidade e modernização da justiça fiscal.

 

O painel integra as ações estruturantes do Programa ESG20+ (2004–2024 – Legado & 2025–2045 – Ação), e reafirma o compromisso interinstitucional com a consolidação de políticas públicas mais integradas, sustentáveis e comprometidas com os princípios de equidade, governança e desenvolvimento.


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