29/09/2023 às 11h44min - Atualizada em 29/09/2023 às 11h44min

ESG entra na pauta do G20 com a presidência do Brasil.

O Brasil assume em 2024 a presidência rotativa do G20, bloco que concentra as principais economias do planeta. Em discurso no final de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o lema do mandato brasileiro será: “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.

O país também elegeu as três prioridades do seu mandato: inclusão social e combate à fome; transição energética e desenvolvimento sustentável em suas três vertentes (social, econômica e ambiental) e reforma das instituições de governança global.

Com essas definições, o país coloca o ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) no centro da agenda do G20, o que deve movimentar ainda mais os setores econômicos que buscam se alinhar com o tripé da sustentabilidade mundial.

O governo brasileiro anunciou ainda a criação de duas forças tarefas para dar sustentação ao projeto: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza; e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

“O ESG se tornou um diferencial no mercado privado e trouxe importantes mudanças no padrão de consumo. Hoje é grande o número de consumidores que fazem questão de conhecer a origem do produto, a sua cadeia de produção, como as empresas lidam com a gestão de resíduos, como são produzidas suas embalagens e como seus colaboradores são tratados. É uma pauta corporativa, mas não exclusiva. Não há sustentação prática se não houver esforços do poder público caminhando no mesmo sentido. Torcemos para que esse protagonismo brasileiro em 2024 possa fazer cada vez mais empresários e administradores, públicos e privados, perceberem que esse não é só um caminho sem volta, é também nossa única alternativa para melhorar o mundo em que vivemos”, argumenta Alexandre Arnone, chairman do Grupo Arnone.

O G20

O grupo é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia. A União Africana, que constava como convidada fixa das

cúpulas, fez um pedido para receber um assento permanente como membro do grupo, que foi aceito neste ano.

Uma série de entidades internacionais também são participantes fixas das cúpulas do G20: Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Após a entrada da União Africana no G20, apenas a Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) permanecem como convidadas fixas nas cúpulas.
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