Marisa Prado, da Embrapa, apresenta “árvore da sustentabilidade” e integra circularidade ao programa Embrapa ESG na Prática

Supervisora de Sustentabilidade Corporativa da Embrapa defende mudança de mentalidade — da governança às entregas — e mostra como raízes, tronco, copa e frutos formam um único ciclo que gera valor, eficiência e inclusão

20/09/2025 10h46 - Atualizado há 2 dias

O Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado no Complexo Na Praia, em Brasília, e transmitido ao vivo pelo Poder360 e pela TV Global ESG no YouTube, foi marcado por falas de alto nível sobre inovação, circularidade e governança.

 

Entre os destaques esteve a intervenção da doutora Marisa Prado, Supervisora de Sustentabilidade Corporativa da Embrapa e gestora do Acordo de Cooperação Embrapa–Instituto Global ESG.

 

Com uma fala de transição antes do Painel 2, Marisa agradeceu aos colegas do Instituto Global ESG, na figura de Sóstenes Marchezine e Alexandre Arnone, e apresentou reflexões sobre como trazer circularidade para programas de sustentabilidade a partir do Case Embrapa ESG na Prática — iniciativa que nasce de uma longa trajetória da instituição em sustentabilidade e ganha novo fôlego com a cooperação interinstitucional.

 

 

Circularidade como mentalidade

Logo na abertura, Marisa resgatou uma provocação recebida em outro evento: “Você é do ESG interno ou externo?”. A pergunta, segundo ela, revela uma visão limitada.

Não existe ‘dentro’ e ‘fora’ quando a organização funciona como um sistema vivo. Circularidade é integração, é renovar ciclos de gestão e de geração de valor. É uma mentalidade que começa dentro de cada pessoa e se espraia por todo o sistema”, afirmou.

 

Para explicar, a palestrante recorreu a uma metáfora poderosa: a árvore da sustentabilidade.

 

 

A metáfora da árvore

  • Raízes – correspondem à gestão e à governança: valores, objetivos estratégicos, processos, cultura, pessoas e políticas. “Sem raiz não há árvore. É o que dá coerência e nutrição ao sistema.
  • Tronco – faz a travessia entre o interno e o externo, funcionando como ponte. “É o tronco que dá corpo e permite que a seiva circule, conectando os fundamentos invisíveis às entregas visíveis.
  • Copa – é o que todos veem: galhos, folhas e frutos que representam as tecnologias, parcerias, confiança e impacto da Embrapa para a sociedade, mercado, investidores e reguladores.
  • Frutos – simbolizam a prosperidade: acesso a capital, monetização de ativos, redução de custos por eficiência e ganhos de resiliência. “Quando estruturamos bem o ciclo, chegamos ao ponto de prosperidade.
  • Sementes – caem dos frutos e retornam ao solo, alimentando novamente as raízes. “O ciclo não acaba, ele se renova continuamente.

 

 

Circularidade no programa Embrapa ESG na Prática

O Embrapa ESG na Prática surge como fruto da trajetória institucional em sustentabilidade e se fortalece com a parceria do Instituto Global ESG.

É o nosso modelo de mentalidade, que integra raízes sólidas, governança e inovação para gerar frutos de valor econômico, social e ambiental”, disse Marisa.

 

Ela destacou que a circularidade, aplicada ao agro brasileiro, não é apenas ambiental, mas um diferencial competitivo:

 

  • Para o agro, garante competitividade global.
  • Para a Embrapa, é motor de inovação.
  • No campo da gestão, é eficiência operacional.
  • E para a sociedade, promove inclusão social.

 

 

Filosofia e prática

Segundo a pesquisadora, a circularidade não deve ser reduzida a resíduos e reciclagem, nem apenas a novas formas de produção e consumo.

Circularidade é filosofia, é mentalidade. É pensar fora da caixa e dentro do ciclo. É integrar, gerar e renovar continuamente”, explicou.

 

Ela devolveu ao público a mesma provocação que havia recebido:

Existe ESG interno e externo, ou existe um único ciclo com começo, meio e começo?

 

Conclusão: ciclos que se renovam

Marisa encerrou agradecendo aos colegas que constroem coletivamente o Embrapa ESG na Prática, reforçando o compromisso da instituição em antecipar desafios e liderar soluções regenerativas.

De círculo em círculo, a cada ciclo, nosso ecossistema Embrapa fica mais sustentável”, concluiu, ecoando a mensagem central do simpósio: a circularidade como ponte entre economia, inovação e sociedade rumo à COP30.

 

 

Contexto institucional do evento

O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, o fomento do Grupo Arnone e o apoio interinstitucional de órgãos públicos, entidades privadas, movimentos sociais e organizações científicas. O simpósio integra a agenda preparatória da COP30, que será realizada em Belém do Pará, em 2025, consolidando o Brasil como protagonista global em sustentabilidade, circularidade e governança climática.


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