No Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado no Complexo Na Praia pelo Instituto Global ESG, pela Embrapa e pelo Grupo R2, o Campeão de Alto Nível da COP30, Dan Ioschpe, proferiu a Palestra Magna de Abertura — “ESG como ponte entre circularidade, cadeias produtivas e finanças sustentáveis” — destacando a relevância do Programa ESG20+ e dos 20 Princípios Norteadores do Marco Regulatório do ESG para o Desenvolvimento Sustentável, iniciativa do Instituto Global ESG e do Movimento Interinstitucional ESG na Prática.
“O Programa ESG20+ é uma iniciativa estratégica que ressalta a importância das lideranças políticas e, ao mesmo tempo, reconhece que a transição climática não depende apenas de governos. Ela acontece nas cadeias produtivas, nos territórios, nas decisões empresariais e nas escolhas. É um exemplo de como alinhar ambição com implementação efetiva”, afirmou Ioschpe.
ESG20+: um plano de 20 anos inspirado no legado de Kofi Annan
O Programa ESG20+ foi lançado em 2024 em celebração aos 20 anos do ESG (2004–2024), inspirado no legado do ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. Trata-se de um Plano Estratégico 2025–2045 de Convergência Interinstitucional e Multissetorial, com revisões técnicas a cada cinco anos, em quatro fases ordinárias, garantindo atualização contínua e integração das melhores práticas ESG .
Durante o ato no contexto do Congresso Nacional, foram apresentados os 20 Princípios Norteadores do ESG para o Desenvolvimento Sustentável, que estruturam o Marco Regulatório ESG (MRESG) no Brasil. Esses princípios servem como protocolo de adesão para instituições públicas e privadas, orientando políticas, práticas empresariais e métricas de desempenho.
“Esses princípios representam um compromisso técnico e ético que transcende barreiras institucionais e setoriais. Eles orientam não apenas a legislação, mas também a implementação de ações concretas que refletem as demandas sociais e ambientais do nosso tempo”, destacou Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global ESG e secretário-executivo da FPESG, no ato de lançamento.
A relevância política e institucional
O lançamento oficial do ESG20+ ocorreu no contexto do Congresso Nacional, com a instalação da Frente Parlamentar ESG na Prática (FPESG), que reúne parlamentares de todos os estados e de 100% das legendas representadas no Legislativo. A cerimônia contou com a presença do deputado Hugo Mota, atual presidente da Câmara, que ressaltou o papel estratégico do Parlamento na ocasião:
“A agenda ESG não é apenas um compromisso ético; ela é uma necessidade prática para assegurar o futuro do nosso país e das próximas gerações. Este é um legado que estamos construindo juntos, com base na cooperação e na responsabilidade”, declarou Mota.
Segundo Alexandre Arnone, presidente do Instituto Global ESG, a FPESG consolida uma plataforma única de convergência entre poder público, setor privado e sociedade civil, com o objetivo de transformar a sustentabilidade em pilar estruturante do desenvolvimento nacional.
Dan Ioschpe e o papel de Campeão de Alto Nível da COP30
O empresário Dan Ioschpe, liderança reconhecida da indústria brasileira, foi nomeado Campeão de Alto Nível da COP30 pelo governo brasileiro, por meio da Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva, em articulação com o Itamaraty e a UNFCCC. Essa posição, criada no âmbito do Acordo de Paris, é conferida a personalidades de credibilidade internacional, responsáveis por mobilizar empresas, governos subnacionais, instituições financeiras, academia e sociedade civil em torno da agenda de ação climática.
“Como Campeão de Alto Nível da COP30, meu papel é mobilizar empresas, governos subnacionais, instituições financeiras, academia e comunidade para ampliarmos e fortalecermos a agenda de ação climática, sua implementação e o atingimento das metas do Acordo de Paris”, explicou Ioschpe em sua palestra.
Os Campeões de Alto Nível são peças-chave para aproximar a diplomacia climática das soluções concretas, articulando setores produtivos, investimentos e inovação. No caso brasileiro, a escolha de Dan reforça a expectativa de que o país lidere a transição justa e a economia circular, projetando-se como protagonista global na COP30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.
Com trajetória marcada por sua atuação no Sindipeças, no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) e em conselhos estratégicos de inovação e competitividade, Ioschpe tem defendido a transição climática como oportunidade de desenvolvimento, inovação e inclusão produtiva.
“A circularidade é uma estratégia central na agenda de ação climática. Ela conecta setores, mobiliza atores e viabiliza soluções escaláveis. Mais do que isso, representa uma visão de regeneração, colaboração e prosperidade compartilhada”, reforçou.
Conexão com a agenda climática da COP30
Na Palestra Magna no Global Meeting, Ioschpe reiterou que a COP30 será a COP da implementação, ressaltando que a circularidade é o elo capaz de integrar energia, indústria, sistemas alimentares e cidades resilientes dentro do Global Stocktake.
“A circularidade não é apenas estratégia ambiental; é alavanca de desenvolvimento e inovação. E o ESG nos ajuda a guiar essa travessia para um futuro regenerativo e próspero para todos”, concluiu.
Um compromisso para o Brasil e o mundo
O Programa ESG20+, seus 20 Princípios Norteadores e a Frente Parlamentar ESG na Prática marcam a abertura de uma nova era de cooperação interinstitucional, em que o Brasil reafirma seu papel como protagonista global em governança, sustentabilidade e inclusão social.
🌐 Mais informações: esg20.org
👉 Confira mais e conheça em detalhe o Manifesto ESG na Prática e o Programa ESG20+ na matéria publicada pelo Global ESG: Movimento ESG na Prática lança publicação 20 Princípios
