O Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado no Complexo Na Praia, em Brasília, e transmitido ao vivo pelo Poder360 e pela TV Global ESG no YouTube, foi marcado por falas de alto nível sobre inovação, circularidade e governança.
Entre os destaques esteve a intervenção da doutora Marisa Prado, Supervisora de Sustentabilidade Corporativa da Embrapa e gestora do Acordo de Cooperação Embrapa–Instituto Global ESG.
Com uma fala de transição antes do Painel 2, Marisa agradeceu aos colegas do Instituto Global ESG, na figura de Sóstenes Marchezine e Alexandre Arnone, e apresentou reflexões sobre como trazer circularidade para programas de sustentabilidade a partir do Case Embrapa ESG na Prática — iniciativa que nasce de uma longa trajetória da instituição em sustentabilidade e ganha novo fôlego com a cooperação interinstitucional.
Circularidade como mentalidade
Logo na abertura, Marisa resgatou uma provocação recebida em outro evento: “Você é do ESG interno ou externo?”. A pergunta, segundo ela, revela uma visão limitada.
“Não existe ‘dentro’ e ‘fora’ quando a organização funciona como um sistema vivo. Circularidade é integração, é renovar ciclos de gestão e de geração de valor. É uma mentalidade que começa dentro de cada pessoa e se espraia por todo o sistema”, afirmou.
Para explicar, a palestrante recorreu a uma metáfora poderosa: a árvore da sustentabilidade.
A metáfora da árvore
Circularidade no programa Embrapa ESG na Prática
O Embrapa ESG na Prática surge como fruto da trajetória institucional em sustentabilidade e se fortalece com a parceria do Instituto Global ESG.
“É o nosso modelo de mentalidade, que integra raízes sólidas, governança e inovação para gerar frutos de valor econômico, social e ambiental”, disse Marisa.
Ela destacou que a circularidade, aplicada ao agro brasileiro, não é apenas ambiental, mas um diferencial competitivo:
Filosofia e prática
Segundo a pesquisadora, a circularidade não deve ser reduzida a resíduos e reciclagem, nem apenas a novas formas de produção e consumo.
“Circularidade é filosofia, é mentalidade. É pensar fora da caixa e dentro do ciclo. É integrar, gerar e renovar continuamente”, explicou.
Ela devolveu ao público a mesma provocação que havia recebido:
“Existe ESG interno e externo, ou existe um único ciclo com começo, meio e começo?”
Conclusão: ciclos que se renovam
Marisa encerrou agradecendo aos colegas que constroem coletivamente o Embrapa ESG na Prática, reforçando o compromisso da instituição em antecipar desafios e liderar soluções regenerativas.
“De círculo em círculo, a cada ciclo, nosso ecossistema Embrapa fica mais sustentável”, concluiu, ecoando a mensagem central do simpósio: a circularidade como ponte entre economia, inovação e sociedade rumo à COP30.
Contexto institucional do evento
O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, o fomento do Grupo Arnone e o apoio interinstitucional de órgãos públicos, entidades privadas, movimentos sociais e organizações científicas. O simpósio integra a agenda preparatória da COP30, que será realizada em Belém do Pará, em 2025, consolidando o Brasil como protagonista global em sustentabilidade, circularidade e governança climática.