29/09/2023 às 13h49min - Atualizada em 29/09/2023 às 13h46min

O ESG é muito mais do que a tradução de sua sigla

Quem aplica de verdade já colhe os frutos

Alexandre Arnone

Alexandre Arnone

Chairman do Grupo Arnone

Alexandre Arnone
O ESG é muito mais do que a tradução de sua sigla. Tem se tornado sinônimo de responsabilidade socioambiental, reputação e credibilidade para as empresas. Além disso, os critérios ESG estão totalmente relacionados aos chamados ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), termo cunhado pela ONU para se referir aos 17 macrotemas que representam os desafios e vulnerabilidades que precisam ser endereçados por todos até 2030 para caminharmos no desenvolvimento sustentável do mundo.
Segundo o Pacto Global, o ESG nada mais é do que a própria sustentabilidade empresarial. “Uma empresa que está em conformidade com práticas ESG entende quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e consegue agir sobre eles. É necessário minimizar os negativos e potencializar os positivos, assim como equacionar os prejuízos já provocados.”

De um lado, há benefícios corporativos cada vez mais evidentes. Segundo uma pesquisa feita em 2017 pela consultoria The Boston Consulting Group (BCG), empresas com desempenho superior em áreas ambientais, sociais e de governança (ESG) apresentam margens de valorização mais altas do que as que não se preocupam muito em incorporar questões ESG em seus negócios.
Uma pesquisa realizada pelo Global Network of Director Institutes (GNDI) mostrou que 85% dos quase 2 mil conselheiros consultados acreditam que, no longo prazo, teremos maior foco em questões ESG, de sustentabilidade e de geração de valor para as partes interessadas (os "stakeholders").
Já a consultoria McKinsey apontou em outra pesquisa que 83% dos líderes executivos e profissionais de investimento esperam que os programas ESG contribuam com o aumento de valor para os acionistas nos próximos cinco anos.
De outro, as questões ESG passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos de bancos, fundos de pensão, gestoras de investimentos, investidores internacionais e até os pequenos bolsos, o que coloca forte pressão sobre o setor empresarial.
Segundo relatório da consultoria e auditoria PwC, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em investimentos que consideram os critérios ESG até 2025. Isso representa cerca de US$ 8,9 trilhões. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.
O que se busca é uma incorporação de métricas ESG com as tradicionais, financeiras e operacionais, das empresas. Assim, é possível ver de forma holística o comprometimento da empresa com a temática e avaliar os riscos futuros do negócio.
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