Envato O Dia Mundial da Terra engloba também o universo corporativo, que exerce papel fundamental no combate aos efeitos negativos causados por ações humanas no meio ambiente.
O tema deste ano é “Terra versus plástico”. Esta celebração mobiliza um bilhão de pessoas a cada ano e é apoiada por um enorme movimento ambiental e social internacional. A Earth Day Network lembra que, atualmente, são produzidas 380 milhões de toneladas de plástico por ano, enquanto apenas 9% do plástico produzido até agora foi reciclado. Sob o slogan "Terra versus Plástico", a organização pede redução de 60% no uso desse material até 2040 para ajudar a solucionar a mudança climática.
Mas como as empresas podem ajudar neste sentido? É possível que elas atuem com base na busca pela preservação do meio ambiente e o alcance da sustentabilidade?
“As empresas são parte fundamental para o alcance do desenvolvimento sustentável, pois elas constituem-se em um elemento chave para o progresso econômico. Embora muitos empreendedores pensem que um modelo sustentável é mais caro, novas soluções podem ser mais baratas. Além disso, algumas medidas simples já podem fazer totalmente a diferença”, diz Jack Strimber, CEO da Packster.
Em 2015, com o lançamento da Agenda 2030 da ONU - plano universal que envolve 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas complementares - o pilar ESG passou a ter ainda mais protagonismo no planejamento das organizações.
Os benefícios de uma atuação mais sustentável são diversos. A implementação das iniciativas fortalece a cultura ambiental e social nas organizações e torna os negócios mais eficientes, responsáveis, transparentes e competitivos. Ao adotar metas sustentáveis, as empresas assumem um papel relevante na mitigação dos riscos impostos aos recursos naturais, além de contribuírem para a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida no planeta. Os ganhos também se estendem para a esfera financeira: segundo a Comissão de Negócios e Desenvolvimento Sustentável, cumprir com os objetivos da Agenda 2023 da ONU pode gerar aproximadamente 12 trilhões de dólares em oportunidades de mercado.
Abaixo, conheça quatro grandes empresas que estão cada vez mais imersas no universo ESG com projetos de impacto ambiental positivo:
Grupo Multilixo O Grupo Multilixo é líder na gestão de resíduos no estado de São Paulo e conta com mais de 30 anos de experiência no mercado brasileiro. É formado por nove negócios coexistentes que trabalham em sinergia, promovem e impulsionam a economia circular. Com o propósito de entregar soluções cada vez mais sustentáveis, oferece um robusto portfólio de serviços, tecnologia de ponta, profissionais altamente qualificados e processos eficientes voltados para a sustentabilidade. São eles: coleta, transporte, tratamento e comércio de recicláveis, gerenciamento de resíduos, limpezas técnicas industriais e assessoria ambiental.
Como parte do propósito da empresa de implementar e desenvolver soluções mais sustentáveis para o descarte de resíduos, o hub investiu na maior linha de seleção de resíduos da América Latina e criou o Programa "Aterro Zero”. Com ele, tudo o que é coletado no cliente é reaproveitado, promovendo a sustentabilidade e economia circular.
Food To Save A Food To Save, app nº1 contra desperdício de alimentos, atua por meio de um aplicativo, como um elo entre lojas e restaurantes que possuem alimentos para consumo imediato, que estão próximos da validade ou fora do “padrão estético” e que estão bons para o consumo, e clientes engajados e preocupados com o consumo consciente. O consumidor compra Sacolas Surpresa dos estabelecimentos por meio do app e consegue ter uma economia de até 70% em suas compras. A empresa já ajudou a salvar mais de 3 mil toneladas de alimentos de serem desperdiçados e tem parcerias com grandes empresas como Accor, Zé Delivery, Kibon e Cacau Show, que estão entre os mais de 3 mil estabelecimentos cadastrados na plataforma.
Europa Purificadores A Europa Purificadores, empresa referência no setor de purificadores de água, com o objetivo de compensar as emissões de todas as atividades, desde a produção dos purificadores e no transporte até o consumidor final, faz a compra de créditos de carbono do projeto Terrus Carbon Coffee, que trabalha com a agricultura regenerativa e inovação tecnológica. Já foram compensadas cerca de 104 toneladas de CO2 equivalente. Além disso, a empresa aposta na logística reversa dos seus elementos filtrantes para contribuir com um planeta mais resiliente. A iniciativa desenvolvida dentro do programa Destino Consciente foca na economia circular para coletar refis usados, trocados anualmente, e transformar seus elementos em novos produtos, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O projeto tem a meta de chegar ao Brasil inteiro. Em 2022, cerca de 3,8 toneladas de elementos filtrantes voltaram para a fábrica a fim de serem descartados corretamente ou terem seus minerais reaproveitados em outros produtos. Em 2023, o volume foi de cerca de 2,9 toneladas.
Connecting Food A Connecting Food, primeira foodtech brasileira de impacto social especializada em conectar alimentos que seriam descartados por empresas, mas ainda bons para consumo, para Organizações da Sociedade Civil, atua em duas questões críticas da sociedade: a fome e o desperdício de alimentos. Por meio do uso de tecnologia, dados e conexões, a foodtech traz o ESG para o centro da estratégia das empresas da cadeia de alimentos e de quaisquer outras organizações que queiram atuar neste mesmo sentido. Presente em todas as regiões do país, atualmente a Connecting Food atende 576 OSCs, que já foram beneficiadas com a redistribuição de mais de 13 mil toneladas de alimentos que seriam desperdiçados. Isso serviu para agregar cerca de 25 milhões de refeições a quem precisa.
O desperdício alimentar não só traz danos sociais como também ambientais. Isso porque, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), estima-se que a perda e o desperdício de alimentos causam entre 8 e 10% das emissões dos gases responsáveis pelo aquecimento global. “Por isso é imprescindível que toda a cadeia de produção esteja engajada e comprometida na redução das perdas e do desperdício para a mitigação de riscos, desde o plantio até a venda ao consumidor. ”, destaca Alcione Pereira, CEO e Fundadora da Connecting Food.
A proteção ao meio ambiente e a sustentabilidade se tornaram duas demandas essenciais para a sociedade como um todo, assim como para as empresas. Os efeitos adversos das mudanças climáticas são sentidos por grande parte da população mundial, o que requer uma mudança de comportamento urgente para reverter este cenário.
O Dia da Terra nasceu nos Estados Unidos em 1970, há mais de meio século, como resultado dos movimentos sociais e estudantis que surgiram no país no final dos anos 60. No entanto, somente no dia 22 de abril de 2009 que o Dia Internacional da Mãe Terra foi celebrado pela primeira vez como um evento internacional instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
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