05/04/2024 às 13h45min - Atualizada em 05/04/2024 às 13h45min
Governança e Gestão de Riscos: conheça 4 pontos de atenção
Esteja atento às questões que precisam estar no radar das empresas nos próximos meses
Arthur Mirov
Arthur Mirov
Freepik Em 2023, o mundo vivenciou importantes marcos regulatórios internacionais nas temáticas ambientais, sociais e de governança (ESG), mudanças climáticas extremas, a evolução de tecnologias, com a intensificação da inteligência artificial, além das incertezas geopolíticas, com destaque especial para os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas, bem como seus desdobramentos políticos e financeiros.
Para o especialista em Cibersegurança e ESG, Claudinei Elias, Partner e CEO Global da Ambipar ESG, todas essas questões influenciam diretamente no mercado e no desenvolvimento das empresas. Nos próximos meses, empresários e gestores precisam repensar e redobrar os cuidados com Governança e Gestão de Riscos.
“Independentemente do tamanho da empresa ou da área de atuação, todos os negócios podem ser afetados, diretamente ou indiretamente, por essas questões”, explica Elias. Um restaurante pequeno de bairro pode ter problemas com o aumento do preço de algum alimento específico ou com a falta de luz, devido aos eventos climáticos extremos. Uma fábrica que usa um produto importado de alguma região afetada por uma guerra pode ficar sem matéria-prima de repente. “Todos e tudo, de uma forma ou outra, acabam impactados por estes eventos exteriores”, explica Elias.
A governança e a gestão de riscos, que já são de extrema importância para o desenvolvimento sustentável do negócio, se fazem fundamentais nesse momento. Mas existem pontos que merecem prioridade das empresas.
O uso de inteligência artificial como fomento para gestão e comunicação de ESG e sustentabilidade, em contraposição às preocupações constantes acerca da dificuldade de rastreamento das fontes, respeito aos direitos autorais e privacidade de dados.
A pressão regulatória vai ter como alavancagem os investimentos em softwares de gestão e produtos sustentáveis na ordem de 38% acima do investido em 2023. As empresas passarão a encarar o viés de risco ESG na cadeia de valor e no engajamento com stakeholders - que frisam no interesse na gestão e nos resultados de um projeto ou organização, influenciando ou sendo influenciadas direta ou indiretamente.
Os sistemas de gestão e informações de desempenho ESG estarão cada vez mais complexos e vão requerer mais esforço das empresas para o levantamento desses dados, alcançando a cadeia de valor e abrangendo dupla materialidade. Nesse ponto, a combinação de serviços de consultoria especializada, agregados aos softwares de gestão e monitoramento, serão grandes aliados da jornada evolutiva ESG.
Uma governança eficaz ajuda a melhorar a confiança dos investidores, a eficiência operacional e a sustentabilidade a longo prazo enquanto a Gestão de Riscos identifica, avalia e controla as ameaças à realização dos objetivos de uma organização, processo este que é capaz de minimizar perdas, melhorar a resiliência e apoiar o crescimento sustentável. “Ter uma Governança e uma Gestão de Risco robustas é tão importante nesse momento”, conclui o especialista.