O Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado no Complexo Na Praia, em Brasília, e transmitido pelo Poder360 e pela TV Global ESG no YouTube, foi palco de uma fala inspiradora de Eduardo Azambuja Alves, sócio e diretor de Sustentabilidade do Grupo R2, responsável pelo Complexo e pelo Festival Na Praia.
Recebido pelo público com atenção, Eduardo sintetizou em uma frase a essência de seu trabalho:
“Sustentabilidade gera negócio. Gera, gera demais.”
Na Praia: muito além da música
Em sua intervenção, Eduardo fez questão de destacar que o Na Praia não é apenas um festival musical.
“O Na Praia é uma plataforma de transformação de cultura. Nossa batalha diária é aproveitar o público de 400 mil pessoas, que passam por aqui em três meses de evento, e educar, inspirar, mobilizar. Queremos transformar hábitos e, ao mesmo tempo, ajudar quem mais precisa.”
Esse compromisso já fez do evento o maior doador de alimentos do Brasil — um feito pouco lembrado diante da popularidade dos shows. “O som acaba, mas o impacto social permanece”, resumiu.
Inovação em acessibilidade e igualdade de gênero
O executivo ressaltou que a sustentabilidade vai além da gestão ambiental. Inclui acessibilidade e equidade.
“Temos aqui soluções inéditas, como a mochila vibrotátil para pessoas surdas, que vibra conforme a frequência da música e pode ser regulada de acordo com o grau de surdez. É inclusão de verdade, feita para que todos participem plenamente da experiência.”
Outro eixo central é a segurança das mulheres:
“O Na Praia é considerado um dos eventos mais seguros para uma mulher se divertir. Isso nos orgulha profundamente, porque a sustentabilidade também é sobre proteger vidas e garantir dignidade.”
O festival também abriga um espaço permanente do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), voltado a campanhas de igualdade de gênero e enfrentamento à violência contra a mulher.
“A cada ano mudamos a temática. Em 2025, o tema foi gravidez precoce, levando informação e diálogo a milhares de jovens”, explicou Eduardo.
Lixo zero e economia circular em escala global
A fala ainda destacou um marco inédito:
“O Na Praia é o maior evento lixo zero certificado do mundo. Batemos Super Bowl, batemos NBA. E é de Brasília, do Brasil.”
A certificação internacional comprova que o festival opera em regime de economia circular, garantindo destinação adequada de resíduos, reciclagem em larga escala e engajamento do público em práticas sustentáveis.
Sustentabilidade como motor de negócios
Eduardo foi categórico ao mostrar que impacto positivo e retorno financeiro caminham juntos:
“Isso gera negócio. Isso atrai patrocinadores para perto. Empresas querem estar associadas a causas legítimas, que unem propósito e resultado.”
Segundo ele, a combinação de criatividade, rede de contatos e propósito é capaz de transformar boas intenções em soluções concretas, lucrativas e de impacto social.
“Eu acredito muito na humanidade. Nunca conheci alguém que quisesse que a natureza pegasse fogo ou que uma criança passasse fome. O que falta, muitas vezes, é network e soluções criativas para transformar vontade em ação.”
Convite aberto à colaboração
Encerrando sua saudação, Eduardo deixou um convite ao ecossistema de empresas, organizações sociais e gestores públicos:
“Estamos à disposição, 1.000% disponíveis, para fazer negócios juntos, pensar soluções e ampliar esse movimento. Sustentabilidade é boa para o planeta, boa para a sociedade e boa para os negócios.”
Contexto institucional do evento
O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, o fomento do Grupo Arnone e apoios interinstitucionais de órgãos públicos, empresas, movimentos sociais e instituições científicas. O simpósio integra a agenda preparatória da COP30, consolidando o Brasil como protagonista em economia circular, cadeias produtivas sustentáveis e governança climática.