A abertura dos painéis do Global Meeting – Circuito COP30 | Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis foi marcada pela fala institucional da diretora executiva da Embrapa, Selma Beltrão, que representou a empresa como co-realizadora do encontro ao lado do Instituto Global ESG.
Com entusiasmo, Selma saudou os participantes e destacou o orgulho da Embrapa em integrar as comissões permanentes e grupos temáticos do Instituto Global ESG, assumindo a coordenação do compromisso de economia circular e cadeias produtivas sustentáveis – tema central da edição.
“É uma imensa alegria estar aqui. Para nós, da Embrapa, é motivo de grande orgulho fazer parte das comissões permanentes do Instituto Global ESG, em especial coordenando este compromisso central da economia circular. Mas quero frisar: a Embrapa se enxerga também nos outros 19 compromissos e está pronta para contribuir cada vez mais com todos eles”, afirmou.
Circularidade como motor de inovação e confiança
Ao projetar a importância do debate, Selma ressaltou que a circularidade vai além da redução de resíduos ou ganhos de eficiência:
“Falamos da circularidade como motor de inovação e de desenvolvimento, mas também como um eixo fundamental para repensar as cadeias produtivas desde a origem até o consumo. Mais do que valor econômico, buscamos construir confiança e inclusão em nossas cadeias.”
Ela lembrou que a Embrapa trabalha de forma estruturada com os princípios ESG, tanto internamente – nas 43 unidades de pesquisa espalhadas pelo país, cuidando do ambiente e das pessoas – quanto externamente, ao lado da sociedade, com impacto direto em segurança alimentar.
“Somos uma empresa pública. Isso significa compromisso diário com o bem-estar e a qualidade de vida, com olhar atento à segurança alimentar da população brasileira.”
Finanças sustentáveis e o ESG na prática
Selma também antecipou a participação da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, no painel de encerramento do evento, que terá como tema central as finanças sustentáveis.
“Sem financiamento, sem investimentos, o ESG não terá prática. Essa é a verdade. Precisamos transformar compromissos em ações concretas, e isso só acontece com recursos estruturados e visão de longo prazo.”
Ela recordou ainda que, na semana anterior ao evento, a Embrapa lançou oficialmente seu Programa de Sustentabilidade ESG na Prática, construído com apoio técnico do Instituto Global ESG. O programa prevê ações e capacitações internas para fortalecer ainda mais a gestão socioambiental da empresa, que “há 52 anos já entrega soluções sustentáveis para a sociedade brasileira”.
Agenda COP30: vitrine da agricultura tropical sustentável
Um dos pontos altos de sua fala foi o convite para que os presentes acompanhem a trajetória da Embrapa rumo à COP30, em Belém (PA). A instituição organizará uma vitrine internacional da agricultura tropical sustentável, instalada em sua unidade na capital paraense.
“Queremos mostrar ao mundo que a produção agrícola pode ser parte da solução às mudanças climáticas, e não o problema. A agricultura tropical sustentável é um ativo estratégico do Brasil.”
Selma reforçou que a vitrine será parte da Agrizone da Embrapa, espaço que estará aberto ao público durante toda a COP, entre os dias 10 e 21 de novembro, com mais de 350 eventos programados.
Diálogos pelo Clima e protagonismo nos biomas
A diretora executiva também apresentou a jornada nacional Diálogos pelo Clima, que começou em maio e terá seu encerramento em 8 de outubro, em São Paulo, com foco no bioma Pampa.
“Já debatemos os demais biomas, incluindo a Caatinga, em Fortaleza, ontem mesmo. A proposta é reunir academia, setor produtivo, poder público e, sobretudo, comunidades locais, para desenhar soluções de mitigação e adaptação que levaremos à COP30.”
Ela convidou o público a participar presencialmente em São Paulo ou acompanhar as transmissões pelo YouTube.
Expectativas: do debate à ação
Encerrando sua fala, Selma deixou um chamado para que o evento vá além da reflexão:
“Nossa expectativa é clara: que tudo o que aqui discutirmos se traduza em ações concretas. Não se trata apenas de pensar no futuro, mas de garantir já um presente mais sustentável, onde inovação, confiança e inclusão sejam pilares.”
Sobre a presença da Embrapa no Global Meeting
A participação da Embrapa como co-realizadora reflete o papel da instituição no Programa ESG20+, coordenado pelo Instituto Global ESG, que articula 20 compromissos estratégicos rumo à COP30. Ao lado da Caixa Econômica Federal (patrocinadora do evento), do Grupo R2 e de dezenas de entidades parceiras, a Embrapa reafirma sua posição como referência mundial em agricultura tropical sustentável e como protagonista na transição para modelos econômicos circulares, regenerativos e inclusivos.