O Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado nesta quarta-feira (17) no Complexo Na Praia, abriu sua programação de debates com um painel inaugural marcado pela presença de lideranças políticas, acadêmicas e empresariais. A sessão contou com duas palestras magnas e um debate robusto sobre o papel da circularidade como motor de inovação e desenvolvimento.
Palestras magnas: visão global e políticas públicas
O empresário Dan Ioschpe, presidente do Conselho da Iochpe-Maxion e Campeão de Alto Nível do Clima da COP30, participou com uma mensagem em vídeo gravada especialmente para o evento, já que se encontra em missão internacional de promoção da conferência.
Ioschpe destacou a relevância de o Brasil articular compromissos climáticos globais com a ação do setor privado, apontando que apenas a integração entre empresas, governos e sociedade civil permitirá manter viva a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
Na sequência, Júlia Cortez da Cunha Cruz, secretária nacional de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ministrou a palestra “ESG como ponte entre circularidade, cadeias produtivas e finanças sustentáveis”
Júlia ressaltou que a economia circular deve ser compreendida como estratégia transversal, capaz de integrar inovação tecnológica, geração de valor e justiça social:
“O Brasil tem condições de liderar essa agenda, unindo competitividade econômica à proteção ambiental e à inclusão social”, afirmou.
Painel 1 – Circularidade como motor de inovação e desenvolvimento
Mediado por Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global ESG, o painel reuniu especialistas de diferentes áreas para discutir como políticas públicas, ciência e inovação podem transformar a economia circular em modelo estruturado.
Participaram do debate:
O painel contou ainda com a participação especial de:
Considerações e reflexões
O painel consolidou a percepção de que a economia circular precisa ser incorporada como política de Estado e estratégia empresarial. Rollemberg defendeu instrumentos de política industrial que deem escala à circularidade; Rodrigues destacou a ciência aplicada e o potencial das novas tecnologias para transformar resíduos em insumos; Mendonça trouxe evidências da biomassa como ativo estratégico; Prado ressaltou a importância das parcerias entre instituições públicas e privadas para viabilizar soluções práticas; e as participações institucionais de Selma Beltrão, Alexandre Arnone e Giovanni Mendonça reforçaram a integração entre pesquisa, governança e financiamento.
As falas reforçaram que a circularidade não deve ser vista apenas como tendência, mas como imperativo econômico e social. A transição para cadeias produtivas regenerativas depende da articulação entre inovação tecnológica, marcos regulatórios, financiamento verde e engajamento da sociedade.
Contexto do evento
O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG e do Movimento Interinstitucional ESG na Prática, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal, referência em finanças sustentáveis, e com o fomento do Grupo Arnone. A edição tem ainda apoio de uma ampla rede interinstitucional de entidades públicas e privadas.
O simpósio foi transmitido ao vivo pelo portal Poder360, parceiro de mídia do Programa ESG20+ e do Movimento ESG na Prática, e pelo canal da TV Global ESG no YouTube. A programação integra a série de edições do Global Meeting rumo à COP30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.