Há vários dias, o Rio Grande do Sul sofre com fortes chuvas, que já afetaram mais de 400 municípios. Cidades inteiras permanecem alagadas, mais de 100 pessoas já morreram e quase 400 mil estão fora de suas casas. Não há sinal de melhora.
Nesta semana, o estado do Maranhão também entrou em alerta, com mais de 30 cidades declarando estado de calamidade. O motivo é o mesmo – as consequências de fortes chuvas.
Os desastres repetem padrões vistos no litoral norte de São Paulo, no Rio de Janeiro, no sul da Bahia e outras regiões que já sofreram graves crises por conta dos fenômenos climáticos. Porém, fica evidente que os episódios estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos.
As fortes chuvas são consequência das mudanças climáticas, que também podem potencializar outros fenômenos climáticos extremos. Mas com o enorme desafio de reverter o aquecimento global, países em todo o mundo precisam se preparar para que desastres como os ocorridos no Brasil não tomem essa proporção.
Em entrevista exclusiva ao Global ESG, Bezinha Soares, mestra em Direitos Humanos, explica que mitigar os efeitos das catástrofes climáticas passa necessariamente por ações governamentais para habitação da população. “Os lugares que estão mais afetos a sofrerem as consequências destes eventos são regiões vulnerabilizadas, em que pessoas mais pobres moram. Faltam políticas publicas de moradia e saneamento básico nestas regiões”, disse Bezinha.
Ela ainda destaca a contenção do desmatamento na Amazônia e sugere obras que poderiam evitar enchentes como as ocorridas recentemente no Rio Grande do Sul. Confira a entrevista na íntegra:
Max Wender/ Casa Militar ES
