A pesquisa “Global Views On A.I. 2023” mostra que metade dos brasileiros (51%) está apreensiva com produtos e serviços que utilizam Inteligência Artificial. Mas, ao mesmo tempo, 66% dos mil brasileiros entrevistados estão animados com o uso da tecnologia e 64% acreditam que há mais benefícios do que desvantagens.
Gustavo Macedo explica que a inteligência artificial é um grande campo do saber, dentro do qual existem a machine learning, a deep learning, o processamento de linguagem natural e outros modelos que cumprem diferentes funções. "A IA já está nas nossas vidas há muitos anos, com o advento da internet. Mas agora ela está mais presente." O profissional lembra que os algoritmos de redes sociais, que sugerem conteúdos dirigidos, se movimentam sob comandos de IA.
Macedo destaca ainda que as novas ferramentas tentam mimetizar a forma de pensar e criar do ser humano. A definição clássica de Alan Turing, pai da inteligência artificial, diz que a IA acontece quando a máquina consegue enganar um homem sobre estar conversando com outro homem. “A gente humaniza a inteligência artificial na medida em que ela desumaniza a gente.”
Para ele, a criatividade pressupõe aquilo que a sociologia vai dizer que é uma "inutilidade", no sentido do que é utilitário. Mas ainda não temos como saber se a inteligência artificial tem condições de se comportar dessa maneira. “Acho que essa é uma pergunta que ainda está para ser respondida. A inteligência artificial é capaz de criar algo absolutamente genial, equivalente à Capela Sistina, ao Dom Quixote? Eu não sei. Estamos em um momento de muitas incertezas. Porque, embora já tenhamos capacidades extremas, ainda estamos no início de tudo o que pode ser. Nossa grande aposta agora é a computação quântica.”
Confira a entrevista completa de Gustavo Macedo para o Podcast Dicionário ESG: