ESG fortalece reputação de empresas junto ao mercado, aos colaboradores e à sociedade

Desenvolver e incorporar práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança) traz uma série de benefícios para as empresas. O modelo de negócio moderno tem experimentado uma mudança radical em direção a essas práticas, onde a sustentabilidade corporativa já não é mais uma opção estratégica, mas sim um imperativo empresarial crucial para a sobrevivência futura. Segundo Roberto Marques, gerente geral da divisão de CNC da Mitsubishi Electric, a transformação "verde" dos negócios envolve o reposicionamento estratégico da organização na realidade econômica, considerando oportunidades e ameaças econômicas, ambientais e sociais.

De acordo com o último estudo International Business Report (IBR) da Grant Thornton, 39% das empresas brasileiras já estão desenvolvendo um plano estratégico com abordagem ESG. Além disso, quase metade (47%) das empresas brasileiras analisadas considera o pilar ambiental como prioritário em suas agendas.

Vininha F. Carvalho, economista, administradora de empresas e editora da Revista Ecotour News & Negócios, destaca que quando uma organização investe em seu capital humano e promove um ambiente interno saudável, os resultados tendem a ser mais sustentáveis e duradouros. Ela ressalta ainda que o "S" do ESG envolve oferecer novas oportunidades e fomentar a qualificação profissional das pessoas.

Segundo Itali Collini, especialista em governança corporativa, o critério de governança avalia a estrutura e a transparência da empresa na divulgação de informações relevantes, sendo um ponto-chave para investidores em busca de organizações com gestão responsável.

Pam Stracke, CEO e cofundadora da Kiwi Consultoria e Treinamento, aponta que entre as dificuldades das empresas na implementação de práticas ESG estão a falta de uma cultura sólida de sustentabilidade e a ausência de capacitação das lideranças e colaboradores.

Uma pesquisa realizada na América Latina pela Sherlock Communications mostra que 94% dos entrevistados acreditam que as empresas precisam investir mais em iniciativas sociais e ambientais. Vininha F. Carvalho conclui que os consumidores e investidores não aceitam mais a justificativa do lucro a qualquer custo, sendo os brasileiros os mais preocupados com a responsabilidade social corporativa, conforme revelado na pesquisa.