Presidenta do Banco do Brasil destaca protagonismo das finanças sustentáveis no simpósio da AGU e do Instituto Global ESG

Tarciana Medeiros defende atuação coletiva na transição ecológica e reforça o papel estratégico dos bancos públicos no desenvolvimento socioambiental do país

04/08/2025 09h16 - Atualizado há 2 semanas

Presidenta do Banco do Brasil destaca protagonismo das finanças sustentáveis no simpósio da AGU e do
George Vieira

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destacou o papel estratégico das instituições financeiras públicas no fortalecimento da agenda ASG (ambiental, social e de governança) durante sua participação no Global Meeting – Circuito COP30, no painel do Simpósio de Instrumentos Fiscais e Tributários Sustentáveis, promovido pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Instituto Global ESG. Em sua fala, a executiva defendeu que a sustentabilidade é uma missão coletiva e ressaltou a importância do diálogo interinstitucional para viabilizar uma transição ecológica justa no Brasil.

 

“Mais do que nunca, precisamos de sinergia entre as instituições para ajudarmos o país a construir soluções duradouras, inclusivas e compatíveis com os compromissos ambientais, sociais e econômicos assumidos enquanto nação”, afirmou.

 

Ao lado de autoridades como o ministro Jorge Messias (AGU), o ministro Vinícius Carvalho (CGU), a secretária-geral da OAB Nacional, Roseline Moraes, e a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Almeida, que integra a presidência do Conselho de Administração do Banco do Brasil, Tarciana pontuou que a governança robusta e o compromisso com a coletividade fazem parte do DNA do banco centenário. “São 216 anos de história com um valor inegociável: o compromisso com a sociedade. Esse coletivo está reunido hoje aqui”, completou.

 

 

Compromisso histórico com a sociedade e a sustentabilidade

 

 

A presidenta relembrou que o Banco do Brasil é pioneiro no financiamento à transição para uma economia de baixo carbono. Nos últimos anos, a instituição captou recursos com organismos internacionais e destinou investimentos expressivos à agricultura de baixo carbono, eficiência energética, energia renovável e ações de adaptação climática.

 

Entre os destaques, está a recuperação de mais de 760 mil hectares de terras degradadas, um salto relevante em relação aos 17 mil hectares até 2022. “Nos últimos dois anos, mais de 750 mil hectares foram preservados, com intencionalidade, foco e estratégia. Isso mostra que há caminhos para acelerar a transformação”, pontuou.

 

Outro marco citado foi o avanço do crédito sustentável: a meta da instituição é alcançar 30% da carteira de crédito total do Banco do Brasil como uma carteira sustentável ainda este ano. Segundo Tarciana, o banco também lidera o financiamento a produtos compatíveis com a floresta, somando R$ 1,9 bilhão em 2025 apenas na Amazônia Legal, com crescimento de 40% nos últimos 12 meses.

 

 

Inclusão, justiça fiscal e bioeconomia

 

 

Durante sua fala, Tarciana enfatizou que o compromisso do BB com a sustentabilidade vai além da pauta ambiental e envolve ações concretas nas dimensões social e econômica. “Quando falamos de povos originários e de preservação da floresta, é preciso lembrar que há uma população embaixo das árvores que precisa ser economicamente viável. É papel dos bancos públicos financiar essa viabilidade”, afirmou.

 

Ela citou o apoio a arranjos produtivos locais de comunidades indígenas, o financiamento a pequenos produtores rurais — que são responsáveis por mais de 70% dos alimentos consumidos no país —, e o suporte a grandes empresas que buscam zerar suas pegadas de carbono e alinhar seus negócios às melhores práticas ASG.

 

“A sustentabilidade não é responsabilidade exclusiva de um setor. É uma missão compartilhada entre os poderes, os governos, as empresas, as organizações sociais e os cidadãos”, frisou.

 

Tarciana concluiu destacando a importância de fortalecer a governança e ampliar a base de empresas que geram tributos, contribuindo para a justiça fiscal e o desenvolvimento da biodiversidade. E arrematou com um conceito que tem reiterado em sua gestão: “Mais do que iniciativas, precisamos de acabativas. O simpósio de hoje é uma acabativa essencial na disseminação das práticas ASG no país.”



 
 


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