Presidente da Caixa anuncia investimentos bilionários em sustentabilidade e inclusão produtiva durante o Global Meeting – Circuito COP30

Carlos Vieira detalha ações da instituição rumo à COP30, com foco em transição climática justa, crédito verde e fortalecimento da governança pública e privada

04/08/2025 09h13 - Atualizado há 2 semanas

Presidente da Caixa anuncia investimentos bilionários em sustentabilidade e inclusão produtiva durante o
George Vieira

O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, apresentou no Global Meeting – Circuito COP30 um panorama abrangente das ações e compromissos da instituição voltados à sustentabilidade, à inclusão produtiva e à inovação financeira. Realizado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Instituto Global ESG, o encontro reuniu lideranças dos setores público e privado para discutir os instrumentos fiscais e tributários como vetores do desenvolvimento sustentável.

 

Em sua fala, Vieira destacou o protagonismo da Caixa na promoção de uma economia de baixo carbono e no enfrentamento das desigualdades regionais e sociais, com números expressivos e metas ousadas. “O desenvolvimento sustentável não pode mais ser apenas um objeto. Ele precisa ser um caminho real, concreto, mensurável e trilhado com ousadia, responsabilidade e visão de futuro”, afirmou.

 

 

Reconhecimento ao movimento ESG

 

 

Vieira iniciou sua intervenção saudando autoridades presentes, como o ministro da AGU, Jorge Messias; o ministro da CGU, Vinícius Carvalho; a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; e o presidente do Instituto Global ESG, Alexandre Arnone. Dirigiu-se especialmente ao coordenador-geral do Programa ESG20+ e vice-presidente do Instituto Global ESG, Sóstenes Marchezine: “Achei que você era mais um Quixote. Hoje vejo que é um realizador. Deixo aqui meu reconhecimento de todo o trabalho que vocês têm feito.”

 

 

Aplicações com impacto e metas até 2030

 

 

A Caixa já aplicou R$ 811 bilhões com impacto direto em dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e estabeleceu a meta de atingir R$ 1 trilhão até 2030. Parte desse montante está direcionada a áreas prioritárias como eletromobilidade, saneamento básico e transformação urbana, essenciais para a transição climática.

 

Na inclusão produtiva, foram investidos R$ 124 milhões em microcrédito rural no Pronaf-B, beneficiando cerca de 10 mil famílias. A meta é alcançar R$ 1 bilhão até o fim de 2025, priorizando pequenos produtores das regiões Norte e Centro-Oeste, em parceria com o Banco da Amazônia (BASA) e o Banco do Brasil.

 

 

Fundo socioambiental e novos editais

 

 

Outro destaque foi o anúncio da destinação de R$ 111 milhões do fundo socioambiental da Caixa — formado por 2% do lucro líquido do banco — para cinco grandes chamadas públicas:

 

  • R$ 50 milhões para agricultura regenerativa, com atuação na Amazônia e apoio do BNDES;
  • R$ 20 milhões para economia circular;
  • R$ 20 milhões para autonomia feminina;
  • R$ 20 milhões para turismo regenerativo;
  • R$ 16 milhões para desenvolvimento territorial.

 

 

“São iniciativas que evidenciam o compromisso da Caixa com o desenvolvimento regional, a equidade e a justiça ambiental”, disse Vieira.

 

 

Inovação, digitalização e compromisso ambiental

 

 

Vieira anunciou ainda a meta de zerar o uso de papel em todas as operações da Caixa, o que resultará na preservação de cerca de 44 mil árvores por ano. Apenas no crédito habitacional, que soma 3 mil operações diárias, a digitalização permitirá a eliminação de 4.400 árvores por ano.

 

O presidente também compartilhou histórias de impacto direto das políticas da instituição, como a da pescadora Dona Silvete, da região Norte, que obteve um motor de popa por meio do microcrédito e triplicou sua produção sem agredir o meio ambiente.

 

A Caixa mantém uma vice-presidência dedicada exclusivamente à sustentabilidade e adota o “Selo Azul” para construtoras e incorporadoras que evitam desperdícios em projetos habitacionais. A atuação em governança é reforçada com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), destacando a preocupação com a integridade e a transparência institucional.

 

 

Rumo à COP30

 

 

Vieira concluiu reforçando o papel da Caixa como banco público parceiro do governo federal, com frentes estruturadas em habitação sustentável, cidadania resiliente, transição climática justa e financiamento de arranjos financeiros inovadores. Segundo ele, o banco está pronto para contribuir com soluções concretas até a realização da COP30, que ocorrerá no Brasil em 2025.

 

“O caminho é coletivo, estruturado e baseado em compromissos reais. Estamos mobilizados para fazer acontecer”, finalizou.


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