Fayet defende diálogo permanente entre setor público e privado para impulsionar o mercado de carbono

Vice-presidente da Abrig destaca importância de segurança jurídica e educação para ampliar participação das pequenas e médias empresas no processo de descarbonização

04/08/2025 00h34 - Atualizado há 2 semanas

Fayet defende diálogo permanente entre setor público e privado para impulsionar o mercado de carbono
George Vieira

Durante o Painel 2 – Tributação e Mercado de Carbono: o crédito como incentivo à descarbonização, no âmbito do Global Meeting – Circuito COP30, promovido pela Advocacia-Geral da União e pelo Instituto Global ESG, o vice-presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), Fayet, fez uma intervenção enfática em defesa da aproximação contínua entre os setores público e privado como condição essencial para o avanço efetivo das estratégias nacionais de descarbonização.

 

“Gostaria de deixar uma reflexão dentro dessas primorosas exposições que tivemos aqui, que é o estabelecimento de um diálogo permanente entre o setor público e o setor privado”, afirmou Fayet ao final do painel, que contou com especialistas como a subsecretária Cristina Fróes (Ministério da Fazenda), o diretor Rodrigo Orair (Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária), a consultora Melina Rocha e o secretário nacional Aloisio Melo (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima).

 

Representando a Abrig, o dirigente salientou que o setor privado tem, em muitos casos, disposição real para contribuir com soluções sustentáveis, mas ainda enfrenta obstáculos significativos, sobretudo ligados à insegurança jurídica e à ausência de informações claras sobre o funcionamento do mercado de carbono. “O desconhecimento e a insegurança jurídica dificultam que o setor avance em projetos, mesmo com a intenção positiva de contribuir”, pontuou.

 

Fayet também chamou atenção para o desafio de tornar o tema mais acessível às pequenas e médias empresas, que não dispõem da mesma estrutura que grandes corporações. “O mercado de carbono ainda é um oráculo para muitos. As grandes empresas já têm uma estrutura melhor, mas é fundamental que o país invista em educação e esclarecimento sobre o tema, inclusive para os setores menos estruturados”, defendeu.

 

Ao destacar a corresponsabilidade coletiva pelo atual cenário de emissões de carbono, Fayet reforçou a urgência de um ambiente normativo mais claro e de iniciativas que promovam a participação empresarial de forma mais ampla. “Esse estado de excesso de carbono no planeta é em função da nossa existência. Uns com mais responsabilidade, outros com menos, mas todos contribuímos para essa situação”, observou.

 

Encerrando sua fala, agradeceu aos debatedores e reiterou a importância de iniciativas como o Global Meeting: “Eventos como este são fundamentais para fomentar o diálogo e a construção de soluções concretas. Desejo a todos uma ótima tarde e um excelente almoço. Muito obrigado.”


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