ABRIG destaca importância das Relações Institucionais e Governamentais como estratégia para o avanço do ESG e defende regulamentação equilibrada do lobby no Brasil

Durante o Global Meeting – Finanças Sustentáveis, o presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais, Jean Castro, reforça o papel das RIGs na construção de marcos regulatórios efetivos, inclusivos e transparentes para o desenvolvimento sustentável

20/06/2025 21h04 - Atualizado há 8 horas

A programação oficial do Global Meeting – Finanças Sustentáveis, realizado na sede do Instituto Global ESG, contou com uma participação estratégica da ABRIG – Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais, entidade referência na defesa da transparência, da ética e da profissionalização do setor de relações institucionais e governamentais no país.
 

Representada por seu presidente, Jean Castro, a ABRIG contribuiu com uma análise robusta sobre a função essencial das RIGs para a consolidação de marcos normativos e políticos no campo ambiental, social e de governança (ESG).

 

O ESG é uma questão de evolução da sociedade. Não se trata mais de algo que possa ser colocado em dúvida ou deixado de lado. Precisamos construir uma linguagem legislativa que envolva e mobilize todos os atores, respeitando a capacidade de cada setor e promovendo um desenvolvimento sustentável com inclusão e responsabilidade”, afirmou Jean Castro.

 

Segundo ele, a pauta ESG demanda um esforço coletivo que traduza tecnicidades para uma linguagem acessível aos formuladores de políticas públicas. Esse processo exige uma estruturação institucional sólida, com articulação permanente entre sociedade civil, empresas, legisladores e profissionais qualificados em relações governamentais.

Não existe ESG sem RIG. E não existe lobby em ditaduras. O lobby é próprio da democracia e precisa ser entendido como uma ferramenta legítima de participação e de construção normativa”, completou.

 

Durante sua fala, Jean também destacou a atuação da ABRIG no debate nacional sobre a regulamentação do lobby no Brasil, cuja tramitação se encontra atualmente na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sob relatoria do senador Efraim Filho. A entidade, fundada em 2007, nasceu justamente no contexto do primeiro projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados sobre a defesa de interesses.

 

Ao longo dos anos, a ABRIG construiu uma reputação sólida como espaço técnico de convergência de ideias, promovendo eventos, formações e articulações com instituições como o IRELGOV (Instituto de Relações Governamentais), a FGV e, mais recentemente, o IDP – com quem desenvolve cursos de extensão e MBA em RIG.

 

Além disso, a ABRIG foi responsável por apresentar ao Senado Federal sugestões de redação para o texto da lei de regulamentação da atividade de RIG, a partir de um processo interno de deliberação e de parceria com o IRELGOV.

Nosso papel é assegurar que a futura legislação respeite o direito constitucional de petição de todo cidadão, preserve o acesso ao processo legislativo e garanta transparência — sem criar barreiras para as pessoas físicas e pequenos atores”, frisou.

 

A entidade também tem ampliado sua presença no cenário internacional, com agendas junto à OCDE, à Unesco e ao Parlamento Europeu, buscando referências globais sobre regulação do lobby e práticas éticas de advocacy.

 

Estamos avançando na construção de um marco legal que valorize o profissionalismo, a transparência e a legitimidade da atuação institucional. A ABRIG reúne hoje cerca de 500 associados, entre pessoas físicas e jurídicas, como a Associação Brasileira das Empresas de Software e o Google. Queremos garantir que todos os setores da sociedade possam participar ativamente do processo democrático de formulação de políticas públicas, incluindo o ESG”, concluiu.

 

Para o Instituto Global ESG, anfitrião do encontro, a contribuição da ABRIG tem sido fundamental para dar densidade técnica e institucional ao debate sobre o Marco Regulatório do ESG para o Desenvolvimento Sustentável (MRESG). Como destacou o vice-presidente do Instituto, Sóstenes Marchezine:

Não é possível construir uma agenda ESG de impacto sem reconhecer o papel estruturante das relações institucionais e governamentais. A ABRIG tem sido uma parceira estratégica na formulação do marco legal e no fortalecimento do movimento ESG na prática.

 

 

 

Confira vídeo: https://youtu.be/cxJATUjpkM4?si=VXUwT1irSBOPd17B


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