O Banco do Brasil reforçou seu papel de liderança na transição para uma economia mais sustentável durante o Global Meeting – Finanças Sustentáveis, evento promovido pelo Instituto Global ESG e pela Frente Parlamentar ESG na Prática. Representando a instituição, o gerente de Finanças Sustentáveis, Vilmar Teves, apresentou os resultados e perspectivas do banco na pauta ESG (ambiental, social e de governança), considerada eixo central da estratégia corporativa de longo prazo da instituição.
Segundo Teves, a atuação do banco nessa agenda antecede a própria popularização do termo ESG. “Há 40 anos, já atuávamos com responsabilidade social por meio da Fundação Banco do Brasil. Ao longo do tempo, essa visão evoluiu da filantropia para o centro do nosso modelo de negócios. Hoje, ESG é pilar estratégico para o banco e parte do nosso DNA institucional”, afirmou.
O gerente destacou a captação de R$ 40 bilhões nos últimos dois anos no mercado internacional, especificamente direcionada a projetos ESG, evidenciando o crescente interesse global, sobretudo da Europa, em investir em soluções sustentáveis no Brasil. Essa captação reforça o papel do Brasil como destino prioritário para os fluxos financeiros voltados à economia verde e inclusiva.
Entre os principais resultados apresentados, a carteira de crédito sustentável do Banco do Brasil atingiu R$ 393 bilhões, valor que representa cerca de um terço de todo o crédito concedido pela instituição. A inadimplência dessa carteira é menos da metade da média geral, o que comprova, segundo o representante, a solidez econômica e a segurança dos investimentos sustentáveis.
Outros destaques incluem a execução de mais de 20 projetos de carbono em parceria com clientes, com o banco atuando como sócio, e o avanço de uma estratégia robusta de bioeconomia, com início na região amazônica e agora sendo expandida para o Nordeste. O objetivo é incluir e bancarizar comunidades envolvidas na preservação ambiental, fortalecendo a inclusão produtiva e o protagonismo das populações tradicionais.
“Estamos diante de uma oportunidade histórica de transformar o potencial do Brasil em resultados concretos para o desenvolvimento sustentável. Mas é preciso ambiente regulatório adequado, segurança jurídica e instrumentos financeiros eficientes. E, para isso, a atuação da Frente Parlamentar ESG e do Instituto Global ESG tem sido decisiva”, pontuou Vilmar Teves.
O representante da instituição também ressaltou a importância da recente regulação do mercado de carbono, mas alertou que o desafio agora é implementar a norma de forma efetiva, evitando distorções e fortalecendo os mecanismos de monitoramento e transparência.
Outro ponto mencionado foi o Ecoinvest, que teve seu primeiro leilão considerado um sucesso. O Banco do Brasil participa das discussões para a realização do segundo leilão, voltado à recuperação de áreas degradadas, e também para a criação de um Ecoinvest específico para a Amazônia, em alinhamento com os compromissos da próxima COP (Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas).
Por fim, Teves defendeu a necessidade de enfrentar o risco cambial — um entrave para a competitividade de projetos sustentáveis — e ampliar o uso de instrumentos como a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD), que pode destravar recursos relevantes para o financiamento da transição ecológica e da inclusão produtiva em todo o território nacional.
“Temos confiança de que o Brasil está no caminho certo e que o sistema financeiro, junto ao poder público e à sociedade civil organizada, será protagonista nesse novo ciclo. O Banco do Brasil seguirá engajado e comprometido com esse futuro que já começou”, concluiu.
Saiba mais:
• O Instituto Global ESG atua como articulador técnico do Movimento ESG na Prática e executor do Programa ESG20+ (2025–2045), que define os 20 Princípios Norteadores do Marco Regulatório do ESG para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil.
• A Frente Parlamentar ESG na Prática é uma iniciativa suprapartidária do Congresso Nacional que busca integrar as diretrizes ESG ao sistema legal, regulatório e fiscal brasileiro, por meio de políticas públicas, projetos de lei, agendas temáticas e articulação entre os Poderes.
• O Global Meeting – Finanças Sustentáveis é parte do Circuito COP30, que reúne especialistas, lideranças públicas e privadas, gestores e representantes da sociedade para debater soluções concretas, investimentos e governança voltados à sustentabilidade financeira e ambiental.
• O Banco do Brasil, fundado em 1808, é uma das maiores instituições financeiras da América Latina e atua com forte protagonismo na pauta ESG, consolidando programas voltados à agricultura de baixo carbono, inclusão financeira, economia verde e inovação sustentável.
Confira o vídeo: https://youtu.be/Dml7iVWOrTc?si=FF3KCH1H1khV776s