Durante o Global Meeting – Finanças Sustentáveis, realizado em Brasília, o diretor executivo de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica Federal, Jean Rodrigues Benevides, reforçou o papel estratégico das instituições financeiras na promoção de uma economia de baixo carbono e no enfrentamento das mudanças climáticas.
Segundo ele, o sistema financeiro financia toda a cadeia de produção e consumo, o que confere às instituições uma posição central na viabilização da transição para uma nova economia — mais sofisticada, tecnológica e baseada na regeneração ambiental.
Benevides defendeu que essa transição seja justa, considerando os riscos sociais e a necessidade de preservar empregos em setores de alta emissão que estão em processo de adaptação. Nesse contexto, destacou a importância de se estruturarem linhas de crédito específicas para apoiar essa mudança, com foco em setores estratégicos como habitação sustentável, energias renováveis, turismo responsável e bioeconomia.
Entre os pontos centrais de sua fala, Jean Benevides ressaltou o sucesso da participação da Caixa no primeiro leilão do instrumento EcoInvest, lançado pelo governo federal para mobilizar capital externo voltado à economia verde. A Caixa ficou entre os quatro bancos que mais conquistaram recursos, que serão aplicados em linhas de crédito voltadas a construções certificadas e sustentáveis — um setor no qual o banco detém quase 70% de participação de mercado.
O diretor também destacou a urgência de se estabelecer uma taxonomia clara para definir o que é ou não uma atividade sustentável, o que facilitará o combate ao greenwashing — prática de aparência sustentável sem impactos reais — e ampliará a transparência e a credibilidade do sistema financeiro. Segundo ele, esse é um movimento global em que o Brasil tem grande potencial de liderança, especialmente diante da COP30, quando o país deverá apresentar uma agenda pragmática, mensurável e orientada à ação.
A Caixa se compromete a contribuir com essa agenda, demonstrando que o Brasil sabe como e para onde direcionar os recursos financeiros disponíveis, de modo a gerar impacto real na mitigação das emissões e no avanço da justiça climática. Jean também reforçou a importância de capacitar as instituições financeiras para analisar a viabilidade de projetos inovadores, compreender seus ciclos e adaptar seus portfólios às novas demandas da economia verde.
Ao final de sua participação, Benevides solicitou apoio institucional para a divulgação do vídeo oficial da Caixa para a COP30, intitulado “É da nossa natureza fazer acontecer”. Com linguagem poética, o material reforça o compromisso da instituição com sustentabilidade, inclusão social e regeneração ambiental.
Durante o evento, foi ainda formalizada a adesão da Caixa ao Conselho Permanente de Finanças Sustentáveis, instância interinstitucional que reúne atores públicos e privados para coordenar políticas, instrumentos e soluções voltadas ao desenvolvimento financeiro sustentável do país. A entrada da Caixa reforça o compromisso da instituição com uma agenda transversal, que conecta o sistema financeiro à sustentabilidade social, ambiental e econômica do Brasil.
“A Caixa entende que precisa estar à frente dos esforços pela nova economia. E, com nossa integração ao Conselho Permanente de Finanças Sustentáveis, reiteramos esse papel de liderança e de construção coletiva das soluções que o país precisa”, afirmou Jean Benevides.
Saiba mais:
Sobre a Caixa e sua atuação sustentável:
A Caixa Econômica Federal é uma das principais instituições financeiras públicas do Brasil, com forte presença no setor de habitação e crescente protagonismo em iniciativas de finanças sustentáveis. Suas ações integram políticas públicas, soluções de mercado e estratégias de impacto positivo, com destaque para a liderança em projetos como o EcoInvest e habitação verde.
Sobre o Conselho Permanente de Finanças Sustentáveis:
Instalado no âmbito do Programa ESG20+, o Conselho reúne representantes de instituições públicas, do setor financeiro e da sociedade civil para articular ações coordenadas e integradas na promoção das finanças sustentáveis. Tem como foco o desenvolvimento de políticas, regulações, instrumentos financeiros e mecanismos de incentivos que impulsionem a sustentabilidade econômica, social e ambiental do país.
Sobre o Movimento ESG na Prática:
Articulado pelo Instituto Global ESG, o movimento promove a implementação dos 20 Princípios Norteadores do ESG para o Desenvolvimento Sustentável (ESG20+), integrando políticas públicas, setor privado e sociedade civil em uma agenda estratégica de transformação. A Frente Parlamentar ESG na Prática atua como espaço legislativo de apoio à consolidação do Marco Regulatório do ESG no Brasil.
