A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) foi oficialmente designada como entidade membro efetiva do Conselho Permanente de Finanças Sustentáveis, durante ato celebrado no Global Meeting – Finanças Sustentáveis, realizado em 17 de junho de 2025, na sede do Instituto Global ESG, em Brasília. A cerimônia marcou um novo capítulo na consolidação da governança financeira verde no Brasil e no fortalecimento da articulação público-privada em torno da agenda climática.
Representando a entidade, a gerente de sustentabilidade da FEBRABAN, Cíntia, agradeceu a inclusão no Conselho e apresentou um panorama do legado e das ações estratégicas do setor bancário brasileiro no enfrentamento dos riscos socioambientais e na promoção de oportunidades sustentáveis.
“É uma honra representar a FEBRABAN neste evento e nesta mesa. O setor bancário já atua há bastante tempo nessa agenda ESG, com destaque para o desenvolvimento da taxonomia verde desde 2014, além de nossas autorregulações para complementar a regulação do Banco Central”, afirmou.
Ao abordar o papel da FEBRABAN na articulação de instrumentos financeiros efetivos para a transição ecológica, Cíntia destacou o desafio de estruturar soluções que compreendam os riscos setoriais e assegurem a viabilidade de crédito e investimentos.
“Assumimos parte dos riscos quando se trata de financiar a transição para uma economia de baixo carbono. Por isso, a construção conjunta de instrumentos financeiros robustos é fundamental”, reforçou.
Além da interlocução com os bancos, a Federação atua junto ao governo federal, especialmente no âmbito do Ministério da Fazenda, apoiando o desenvolvimento da taxonomia sustentável brasileira e a implementação da legislação do mercado de carbono.
“O Brasil tem potencial para ser um dos principais emissores de créditos de carbono do mundo, mas o nosso mercado precisa conversar com os mercados globais. A integração internacional é decisiva para atrair investimentos”, pontuou.
Com um histórico que remonta a 2008 e ações pioneiras na área ambiental, a FEBRABAN defende uma estratégia de consolidação das informações e boas práticas já existentes. A ideia é demonstrar ao mundo a robustez do sistema financeiro nacional na mitigação de riscos, elevando a confiança no país e viabilizando a captação de recursos internacionais.
“Esta é a COP da implementação, e os recursos financeiros são indispensáveis. Precisamos sair da teoria e efetivamente canalizar investimentos para atividades que farão a diferença”, concluiu.
A cerimônia foi conduzida por lideranças do Instituto Global ESG, que celebraram a adesão da FEBRABAN ao Conselho como uma ação estratégica para o fortalecimento das finanças sustentáveis no Brasil. A participação da Federação na composição do colegiado consolida a presença do sistema financeiro tradicional no centro das decisões sobre investimentos de impacto e transição ecológica.
Saiba mais sobre o Conselho Permanente de Finanças Sustentáveis
O Conselho é uma instância estratégica vinculada ao Programa ESG20+ e ao Marco Regulatório do ESG para o Desenvolvimento Sustentável, promovido pelo Instituto Global ESG e pelo Movimento Interinstitucional ESG na Prática. Reúne representantes do setor público, da academia, da sociedade civil e do setor financeiro com o objetivo de propor diretrizes, acompanhar a regulamentação e impulsionar políticas de fomento à sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Sobre o Instituto Global ESG e o Movimento ESG na Prática
O Instituto Global ESG é uma organização dedicada à articulação multissetorial em torno do desenvolvimento sustentável, da boa governança e da inovação normativa. Coordena o Programa ESG20+, que organiza os 20 Princípios Norteadores do ESG para o Desenvolvimento Sustentável, com foco em transformar o ESG em valor econômico e política pública de Estado. O Movimento ESG na Prática reúne parlamentares, instituições, empresas e especialistas em uma coalizão estratégica pela implementação efetiva da agenda ESG no Brasil.
Sobre a FEBRABAN
A Federação Brasileira de Bancos é a principal entidade representativa do setor bancário no Brasil, com forte atuação no desenvolvimento de políticas de sustentabilidade, regulação climática, finanças verdes e inovação tecnológica. Desde 2014, atua na construção da taxonomia verde brasileira, além de liderar iniciativas de autorregulação e articulação internacional voltadas ao fortalecimento das finanças sustentáveis no país.
