O governador Rafael Fonteles participou, nesta terça-feira (9), do Piauí Infra Day, que aconteceu em Brasília, na sede do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI). O evento foi uma realização do IBI, braço técnico da Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos (FPPA), e do Governo do Piauí.
Pela manhã, Fonteles participou da posse do deputado Flávio Nogueira como vice-presidente da FPPA e apresentou um painel com as pretensões de infraestrutura, a partir do intermodal do Vale do Parnaíba, que poderá funcionar como corredor de exportação para produtos como a soja e o milho produzidos no sul do Estado.
Na ocasião, o governador destacou que o projeto será uma grande rede que deve conectar o Piauí de ponta a ponta, favorecendo o crescimento econômico e social. "Apresentamos os grandes projetos de logística do Piauí, envolvendo hidrovias, rodovias, ferrovia e porto, que vão mudar de patamar o crescimento econômico, gerando mais oportunidades de trabalho, emprego e renda para nossa gente."
Durante a tarde, a programação contou com um segundo painel, conduzido por Flávio Nogueira Júnior, secretário de Infraestrutura do Piauí (Seinfra), sobre a infraestrutura do Estado. Em seguida, Raimundo Dias, vice-presidente de Logística da Investe Piauí, apresentou o terceiro painel sobre o Projeto Intermodal - Hidrovia do Parnaíba e Porto de Luís Correia. Depois, Jonas Moura, secretário de Transportes do Piauí, fez o quarto painel sobre a aviação piauiense.
A última palestra da programação foi proferida pelo advogado Sóstenes Marchezine, Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global, com o título “ESG como Ponto de Inflexão na Conjuntura Público-Privada para o Desenvolvimento Econômico Sustentável”. Para ele, o dia foi marcante e se configurou como mais uma oportunidade para elevar os debates sobre as práticas ESG, essenciais de serem observadas nas parcerias público-privadas. "Estamos em um ponto de inflexão para o desenvolvimento econômico sustentável do Brasil. Não há futuro se não abordarmos a sustentabiilidade para que as empresas possam ter longevidade e seguir contribuindo com a sociedade."
Painel sobre ESG O Instituto Global apoiou o evento e foi responsável pelo painel com a palestra sobre “ESG como Ponto de Inflexão na Conjuntura Público-Privada para o Desenvolvimento Econômico Sustentável, proferida pelo seu vice-presidente, Sóstenes Marchezine. “O ESG representa um ponto de inflexão essencial para a sinergia entre os setores público e privado. Promover práticas sustentáveis não é apenas uma necessidade ambiental, mas um imperativo econômico que garante um futuro próspero e equitativo para todos. O Ministério dos Portos e Aeroportos, e o Poder Público no geral, tem enfatizado a preocupação prioritária com a pauta ESG. Focamos nos iminentes avanços e em aproximar as empresas e instituições à implementação das prática do ESG como estratégia de desenvolvimento”, asseverou Marchezine, que também é o representante do Instituto Minetoo em Brasília, organização que dialoga sobre a mobilidade aérea sustentável no Brasil.
Como líder do movimento interinstitucional ESG na Prática, o Instituto Global ESG tem como missão conectar a iniciativa privada, a sociedade civil e o poder público na implementação das boas-práticas ambientais, sociais e de governança. Dentre as iniciativas do instituto está a criação da Frente Parlamentar ESG na Prática do Congresso Nacional, da qual a organização exerce a secretaria-executiva.
O Instituto Global ESG tem atuado de forma intensa na articulação com os Poderes e na promoção da responsabilidade socioambiental e da governança pública e privada no Brasil. A atuação é pautada na disseminação de conhecimentos e na mobilização de diversos setores para a implementação de práticas ESG. “A expertise jurídica e o olhar multissetorial de nossa equipe são diferenciais significativos para a transformação cultural e operacional que buscamos promover, alinhado com o tom que o mundo tem demonstrado prioridade para o desenvolvimento econômico sustentável”, afirmou Alexandre Arnone, fundador do instituto e chairman do Grupo Arnone.
Posse do Deputado Flávio Nogueira A Frente do ESG é presidida no Parlamento pelo Deputado Federal Flávio Nogueira, que assumiu a vice-presidência da Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos do Congresso Nacional (FPPA), durante a programação do Piauí Infra Day. “A missão é honrosa e desafiadora. A Frente de Portos e Aeroportos e a Frente do ESG têm desempenhado papel fundamental na articulação de políticas que incentivam a adoção de práticas sustentáveis no Brasil. Vamos dar as mãos e realizar grandes ações conjuntas. As pautas são sinérgicas e de extrema relevância para o desenvolvimento do Piauí e do Brasil”, destacou o parlamentar piauiense.
Para o Deputado Flávio Nogueira, o evento Piauí Infra Day foi um marco na integração de esforços para o desenvolvimento sustentável e na promoção de parcerias estratégicas que impulsionam o crescimento econômico e a melhoria da infraestrutura no Piauí e em todo o Brasil. “Agradeço a confiança e parceria do presidente da FPPA, o Deputado Federal Paulo Alexandre Barbosa, na coordenação da Frente e na realização do evento, e também do Governador Rafael Fonteneles por aceitar o convite. Um aceno de extrema importância que reflete o compromisso do Estado do Piauí com o Brasil e com a pauta da infraestrutura e do ESG.”
O presidente da Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos do Congresso Nacional – FPPA, Deputado Federal Paulo Alexandre Barbosa, comentou sobre a posse de Nogueira: “Vamos reeditar a parceria institucional exitosa que tivemos na condução da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, em que tive a oportunidade de estar na presidência e de contar com a experiência e o engajamento do Deputado Federal Flávio Nogueira na vice. Agora, vamos continuar de mãos dadas para tocar a desafiadora missão da FPPA, com foco no desenvolvimento econômico sustentável do Brasil e na implementação prática das diretrizes ambientais, sociais e de governança, apoiando também a vertente setorial de infraestrutura da Frente do ESG”.
ESG e Infraestrutura Recentemente, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) do Governo Federal destacou um conjunto de ações voltadas para a sustentabilidade. “A pasta está incorporando práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) em todas as suas operações, demonstrando um compromisso firme com o desenvolvimento sustentável”, destacou Sóstenes Marchezine.
Dentre as principais ações anunciadas pelo MPor, estão a transformação ecológica, com participação ativa na elaboração do Plano Clima bem como da construção dos Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação e a criação da Diretoria de Sustentabilidade, tendo como principais desafios a criação da Política ESG, buscando integrar as melhores práticas de sustentabilidade na elaboração do Planejamento Estratégico Institucional do MPor para o período de 2024 a 2027.
O Ministério planeja, ainda, a criação de Selos de Sustentabilidade e Prêmios ESG para reconhecer as melhores práticas adotadas por portos e aeroportos, fomentando iniciativas inovadoras e superando metas de desempenho ambiental e social. O órgão discute políticas para que as futuras concessões hidroviárias (Madeira e Lagoa Mirim) consideram cenários de mudanças climáticas, incluindo orçamentos para situações de risco climático extremo e estímulo ao uso de combustíveis sustentáveis.
Outras iniciativas estão sendo impulsionadas, como o programada BR do Mar, instituído pela Lei nº 14.301/2022 como estímulo ao transporte por cabotagem no Brasil; o Combustível Sustentável de Aviação (SAF), pauta constante do projeto do Combustível do Futuro, que foi aprovado recentemente na Câmara, em texto alinhado com o setor aéreo; e o Hidrogênio verde, considerado uma alternativa aos combustíveis fosseis, feito a partir de energia limpa com baixa a quase nula emissão de carbono.
Considerado o “combustível do futuro”, o hidrogênio verde (H2V) está despontando, no mundo, como a principal aposta energética do momento, já que é classificada como uma energia limpa por possuir emissão zero de carbono. O Brasil tem grande potencial para ser um dos maiores produtores de hidrogênio verde do planeta devido as vantagens naturais associadas a uma matriz elétrica predominantemente renovável. Os projetos brasileiros de H2V estão concentrados no nordeste do País devido à grande produção de energia eólica, solar e disponibilidade de água.
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