A Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) e a Reseed assinaram ontem, 22, um acordo de cooperação que prevê o intercâmbio de ações e informações, estudos técnicos e pesquisas, somando esforços institucionais para impulsionar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). "O Instituto Global segue trabalhando, fazendo a ponte entre instituições que podem colaborar entre si, tendo como foco, sempre, a sustentabilidade no Brasil e no mundo, em seus diversos aspectos. Nosso objetivo é transformar a sociedade e cuidar das pessoas”, destacou Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global.
Na ocasião, representantes da Ecam, da Reseed e do Instituto Global acordaram a criação de um caminho inovador para reconhecer e compensar os serviços da sociobiodiversidade prestados pelos milhões de agricultores familiares no Brasil. Atualmente, apenas 1% dos créditos de carbono no mercado são provenientes de fontes agrícolas. A proposta das instituições é a criação de uma classe de ativos certificados e projetados para serem originados por pequenos agricultores e que possam ser vendidos a clientes finais, possibilitando o atendimento de metas sociais e ambientais.
"Esse tipo de parceria é exatamente o que buscamos. A cooperação técnica e colaboração entre diferentes instituições é o que impulsiona a inteligência nos negócios. Queremos que setores do governo e da iniciativa privada percebam o oceano azul de oportunidades que temos pela frente e atuem com foco na transformação das pessoas. As empresas são feitas por pessoas. O meio-ambiente é manejado por pessoas. Ou seja, as boas práticas exigem educação e incentivo", comenta Alexandre Arnone, chairman do Grupo Arnone e fundador do Instituto Global.
"Queria deixar clara a nossa alegria por firmar essa parceria que é tão importante para o mundo. A gente não pode subestimar a importância das práticas ESG na condução dos negócios de hoje. Porque a maior força é a dos negócios que prove o bem-estar da população”, afirmou Vasco M. Van Roosmalen, representante da Reseed. Para ele, o ESG faz com que a força do empresariado seja canalizada também para o bem público, não somente nas questões ambientais e de governança, mas também nas questões sociais. “Aí entra o trabalho da Ecam e da Ressed, focado em pensar como colocamos as pessoas no centro das práticas ESG. São as pessoas do campo, da agricultura familiar que oferecem muitos dos serviços ambientais.”
Fábio Rodrigues, diretor técnico da Ecam, também agradeceu a todos pela oportunidade de compartilhar a experiência e os desafios. “A gente vem há anos construindo uma metodologia que esbarra na dificuldade de apoio. Precisamos nos unir a instituições que pensam como a gente, não só para compartilhar as técnicas, mas também os objetivos. Nós, da Ecam, estamos ansiosos pela parte mais legal, que é a hora de começar a trabalhar.”