15/04/2024 às 13h00min - Atualizada em 15/04/2024 às 13h00min
Ministério monitora possíveis impactos para petróleo com tensão no Oriente Médio
O que pode auxiliar no momento é a nova política de preços da Petrobras instaurada no passado
Por Luiz Araújo/Agência Estado
Por Luiz Araújo/Agência Estado
Freepik O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira, 15, que seu ministério monitora os possíveis impactos para o petróleo em razão das novas tensões nos conflitos do Oriente Médio. "É importante que estejamos atentos", disse o ministro ao destacar que, diante de crises internacionais, o Brasil sofre com impactos por restrições à produção e ou comercialização de petróleo.
O alerta foi ligado após a retaliação do Irã contra Israel pelos assassinatos de seus generais em Damasco, Síria, com um ataque de mais de 300 drones e mísseis. Por conta disso, o MME chamou uma reunião da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, segundo informou Silveira.
O ministro disse, porém, que está esperançoso de que não os conflitos não escalem. "Como os conflitos estão em fase de ensaio e não temos elementos concretos que apontem caminho desastroso, quero crer que, diante de tantos desafios que vivem o mundo e problemas reais, que terão os grandes líderes mundiais responsabilidade com o planeta", afirmou.
Sobre um cenário em que medidas sejam necessárias para reduzir os impactos de eventual crise no setor de petróleo, Silveira lembrou que, no ano passado, a Petrobras mudou sua política de preços, o que deve auxiliar. Sobre a reunião com a Secretaria de Petróleo, disse que um grupo de monitoramento irá instruir sobre possíveis medidas. "Para que possamos estar atentos e agindo de pronto com mecanismos que temos e respeitem a governança do setor privado", afirmou.
As declarações foram dadas a jornalistas após a participação do ministro na abertura da primeira reunião presencial do Grupo de Trabalho (GT) de Transições Energéticas do G20, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. Os membros do GT debatem, neste momento, sobre o acesso ao financiamento da transição energética.