15/04/2024 às 14h39min - Atualizada em 11/04/2024 às 14h39min

Área industrial antes contaminada, hoje é exemplo e segue as 3 letras da sigla ESG

Complexo investe em práticas ambientais com a meta de alcançar os ODSs da ONU antes de 2030

Arthur Mirov e João Kerr

Foto Divulgação
Localizado no bairro da Lapa, zona oeste da cidade de São Paulo, o E-business Park vem se transformando desde 2004 e é considerado o melhor e mais completo complexo empresarial no centro expandido, dentro das marginais. E praticante de vários programas em questões ESG.
Com a meta de preservar a identidade original ao transformar espaços fabris em modernos e amplos escritórios, a ideia é o inicio do trabalho conhecido como retrofit - modernização dos galpões industriais com a manutenção da estrutura inicial, criando um novo prédio para uma nova utilização. A preocupação dos projetos é sempre oferecer espaços com flexibilidade de uso, eficientes e sustentáveis.

História

Nos anos 50, o mundo vivia o fim da Segunda Guerra. No Brasil, o momento era de renovação: o governo de Juscelino Kubitschek, com o lema "50 anos em 5", modernizava o país, estabelecendo indústrias de base e bens de consumo. A sociedade brasileira adquiria sua feição urbana, com a instalação de novos e sofisticados parques industriais.

Nesse contexto, um moderno parque fabril é instalado na Zona Oeste de São Paulo, no bairro da Lapa. É de 1.953 e na época ianda, o rio Tietê ainda não possuía o curso retilíneo dos dias de hoje e suas águas corriam entre os prédios desse parque fabril.

Em 2.004 a Espaço Negócios adquire a área ocupada pelo importante parque fabril: 160 mil m², incluindo um bosque de preservação ambiental. Inicia-se então, em 2005, os primeiros passos da transformação de um complexo empresarial Triple A, considerado os melhores empredimentos da atualidade.

Um terreno que ao ser vagado por uma indústria eletro-eletrônica, em conjunto com a própria empresa, honraram um compromisso de descontaminar o local e reavivá-lo. Hojé, um complexo com todas as letras do ESG em prática.

Ambiental

O complexo vem transformando esse cenário e se destaca por preservar quase 3.000 árvores exóticas e nativas catalogadas. Espalhadas por 30.000 m² de área verde, as árvores representam um aumento significativo desde 2007, quando o complexo contava com apenas 1.032 árvores. Além disso, o complexo investe em diversas práticas ambientais com a meta de alcançar os ODSs (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU antes de 2030.

No total, o complexo abriga 2.963 árvores catalogadas, divididas entre 1.495 nativas e 1.468 exóticas. Entre as espécies exóticas mais notáveis, destacam-se a árvore-da-felicidade (Polyscias guilfoylei), planta-macho e originária da Polinésia, Índia e Malásia, a flor de Flamboyant (Delonix regia), considerada uma das mais bonitas do mundo, originária de Madagascar, África, e a Reseda (Lagerstroemia indica), espécie originária do leste asiático.
 
As espécies mais comuns no E-business Park incluem a Areca-bambu (326), Palmeira-jerivá (277), Fênix-anã (148) e Pinheiro (101). Algumas se destacam por sua altura imponente, como o eucalipto, atingindo 26,5 metros de altura, a Casuarina com 23 metros de altura, a Falsa-Seringueira com 22,5 metros e o Eucalipto argentino com 22 metros de altura.
O complexo possui, ainda, diversas árvores frutíferas, como abacateiro, amoreira, goiabeira, mangueira, pitangueira e jabuticabeira. Quando estão em época de colheita, as frutas cultivadas ficam à disposição dos frequentadores do empreendimento. “As árvores desempenham um papel importante na preservação do meio ambiente e no dia-a-dia do complexo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar das cerca de 10.000 pessoas que frequentam o empreendimento”, afirma Sidney Angulo, diretor do E-business Park.
 
Em fevereiro deste ano, o E-business Park finalizou o mais recente levantamento das espécies existentes no complexo. De cada árvore foi feita a identificação do nome popular, família botânica, nome científico, origem, altura, recomendações de manejo, condições dos galhos e das copas e fitossanidade (conceito utilizado para classificar a proteção de plantas ao ataque de pragas e doenças). Além disso, cada espécie receberá uma plaquinha com seu número. Essas informações auxiliam na gestão diária das árvores e na tomada de decisões sobre poda, corte ou manutenção.

Reproveitamentos

No ano de 2023, durante esse período foram registrados números importantes: foram captados 11,5 milhões de litros de água da chuva (volume de mais de quatro piscinas olímpicas de 50 metros de comprimento por 25 metros de largura), mais de 52 toneladas de resíduos reciclados, 73,8 toneladas de resíduos provenientes de podas de árvores tratados e mais de 364.000 bitucas de cigarros recicladas.

As águas das chuvas são captadas dos telhados, filtradas, cloradas e direcionadas para uso nos vasos sanitários dos prédios e limpeza das áreas comuns do empreendimento, que abrange 160.000 metros quadrados. Além disso, todas as áreas verdes são irrigadas diariamente com água proveniente do sistema de reuso, utilizando caminhões pipa próprios.

Em 2019, o sistema de reaproveitamento de água foi expandido com a instalação de seis novos reservatórios, totalizando uma capacidade de reserva de 120 m³, juntamente com a construção de aproximadamente 500 metros lineares de novas tubulações . Foram adotadas também outras medidas para promover o consumo consciente, como a instalação de arejadores (vazão de 1,8 L/min) nas pias das áreas comuns, visando reduzir o desperdício de água, e a substituição de dispensers de papel toalha por secadores elétricos.

O investimento constantemente em melhores práticas ambientais com o objetivo de assegurar entregas com alta performance para as cerca de 10.000 pessoas que frequentam o espaço diariamente. O complexo possui central de resíduos fabricada a partir de containers marítimos reformados, favorecendo o aumento da produtividade das atividades de triagem, ecopontos que permitem a coleta noturna de resíduos de forma rápida e já substituiu os sacos plásticos por bags em ráfia para retirada dos resíduos provenientes da manutenção das áreas verdes (corte de grama e poda de árvores, por exemplo), além de caçamba específica para os resíduos de poda das áreas verdes, para destinação dedicada à transformação desses resíduos em adubo por meio do sistema de compostagem com biodigestor.

Outra iniciativa importante é a coleta e reciclagem das bitucas de cigarro descartadas, que, após o devido tratamento, são doadas a instituições, responsáveis por transformar os resíduos em papel e confeccionar produtos reciclados. Em 2023, foram coletadas 364.500 bitucas de cigarro. “Avançar na agenda ESG sempre foi a nossa prioridade. As ações adotadas não apenas contribuem para o meio ambiente, mas também auxiliam nossos locatários a cumprir indicadores de sustentabilidade. Temos como meta atingir os ODSs (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas) antes de 2030”, destaca o empresário Sidney Angulo, diretor do E-business Park.

Em julho do ano passado, foi anunciado a instalação do seu parque de energia solar, um investimento planejado de cerca de R$ 25 milhões até 2030. Há pretensão de cobrir 30.000 metros quadrados dos telhados dos prédios com placas solares, com capacidade para chegar a 50.000m² de telhado dos prédios do complexo com placa solar. O complexo fechou 2023 com energia solar em 630m² de telhados, gerando 63,552MWh entre julho e dezembro - quantidade de energia suficiente para abastecer aproximadamente 70 casas com consumo médio de 152,2kWh ao mês.

Principais números das iniciativas ambientais em 2023:

11, 506 milhões de litros de água de reúso

364.500 bitucas de cigarro coletadas

52,136 toneladas de resíduos reciclados

63,552MWh gerados pelas placas de energia solar

73,855 toneladas de resíduos de podas de árvores

1.483 recargas de veículos elétricos


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