20/02/2024 às 15h29min - Atualizada em 20/02/2024 às 15h29min

Ursos polares podem ser extintos por falta de gelo marinho no Ártico

Estudo aponta que a espécie passa períodos cada vez mais longos em terra, onde a busca por alimento é mais complexa

João Kerr
Envato
O derretimento de geleiras no Ártico pode significar a extinção dos ursos polares, de acordo com um estudo publicado pela revista Nature Communications. Cientistas rastrearam 20 ursos da espécie e identificaram questões que ameaçam a vida dos animais.

Entre os ursos estudados, 19 perderam em média 1kg por dia durante a pesquisa. Por conta do aquecimento global, os períodos que a região setentrional passa sem acumular calotas de gelo marinho se tornam cada vez mais longos, fazendo com que os ursos tenham que passar mais tempo na terra, onde a busca por alimento é mais trabalhosa e perigosa.

Segundo a DW Brasil, pesquisas realizadas no oeste da Baía de Hudson, no Canadá, mostram que o período sem gelo no Ártico aumentou de aproximadamente 100 dias por ano em 1979 para 130 dias em 2015. Especialistas estimam que os ursos polares não conseguiriam passar mais de 180 dias por ano em terra firme sem morrer de fome.

A espécie sofreu muito com a caça predatória até a década de 1980. Porém, uma mudança na legislação os protegeu, fazendo com que a quantidade de ursos polares aumentasse nos anos seguintes. 

Atualmente, o animal é considerado vulnerável à extinção pela União Nacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Estima-se que haja cerca de 26 mil ursos polares no mundo, com a maioria vivendo no Canadá.
 
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