Sóstenes Marchezine abre o ESG Summit Brasília 2025 como convidado de honra

Vice-presidente do Instituto Global ESG destaca educação, legado de Kofi Annan e papel do Brasil na convergência entre ESG e Agenda 2030

26/09/2025 09h48 - Atualizado há 9 horas

O ESG Summit Brasília 2025 foi oficialmente aberto por Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global ESG e cofundador do Movimento Interinstitucional ESG na Prática, convidado de honra desta edição. Em uma fala marcada por densidade histórica e visão estratégica, Marchezine fez um chamado à ação coletiva para transformar a agenda ESG em prática concreta, ressaltando o papel da educação, da Agenda 2030 e da articulação interinstitucional.

 

Logo no início, ele expressou reconhecimento às anfitriãs do evento, Silvana Vilela, fundadora da Conexão Eventos & Soluções, e Renata Muniz, fundadora da RLMA — ambas diretoras do ESG Summit Brasília —, pela capacidade de reunir instituições, lideranças e ideias em torno de um propósito maior: discutir e avançar na sustentabilidade de forma séria e transformadora.

 

É impressionante observar a programação de hoje. Cada painel, cada tema, cada case selecionado revela a grandeza desta iniciativa. Do ambiental ao social, da governança à integração do ESG nos negócios, passando pela cultura e pela inclusão, vemos aqui não apenas debates, mas um retrato da complexidade e da riqueza do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

 

Educação como alicerce

Marchezine destacou o simbolismo de realizar o encontro no Complexo Educacional Unieuro, local anfitrião do Summit. Para ele, mais do que relatórios e métricas, o ESG é sensibilização, mudança de cultura e visão de longo prazo.

Nada traduz melhor esse horizonte do que a educação. É na sala de aula, na pesquisa e na formação de cidadãos e profissionais conscientes que semeamos a cultura da responsabilidade socioambiental e da governança íntegra que queremos ver florescer em toda a sociedade”, ressaltou, cumprimentando a instituição pela parceria.

 

 

Homenagem a Kofi Annan e o chamado “Who cares, wins”

O vice-presidente do Instituto Global ESG lembrou a origem histórica do conceito de ESG, resgatando o chamado feito em 2004 pelo então secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Ao lançar a frase que se tornou um marco — Who cares, wins —, Annan mostrou que integrar fatores ambientais, sociais e de governança não era apenas uma questão moral, mas também de inteligência estratégica e prosperidade no longo prazo”, disse.

 

Passadas duas décadas, segundo Marchezine, o desafio atual não é mais compreender a importância do ESG, mas implementá-lo de forma prática, consistente e mensurável.

Nosso foco é claro: sair do discurso e promover a ação. Transformar compromissos em resultados, manifestos em políticas públicas, diretrizes em projetos e, sobretudo, ideias em impactos concretos na vida das pessoas.

 

 

Programa ESG20+ e conselhos permanentes

Ao apresentar o trabalho conduzido pelo Instituto Global ESG e pelo Movimento Interinstitucional ESG na Prática, Marchezine destacou o Programa ESG20+, lançado em celebração aos 20 anos do ESG e inspirado no legado de Annan. O programa estabelece um horizonte de 20 anos (2025–2045), estruturado em conselhos permanentes que já atuam em áreas como finanças sustentáveis, economia circular, instrumentos fiscais e tributários verdes, inovação e tecnologias limpas, inclusão social e diversidade.

 

É uma verdadeira arquitetura de governança que conecta o Brasil às grandes tendências globais e posiciona o país como protagonista na construção de soluções para os desafios climáticos, sociais e de governança”, afirmou.

 

ESG e ODS como agendas convergentes

Marchezine ressaltou ainda que o ESG dialoga diretamente com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), cuja celebração mundial ocorreu em 25 de setembro, coincidindo com os 80 anos da ONU.

Quando integramos essas duas visões, ampliamos o potencial transformador das nossas ações, porque passamos a articular empresas, governos, universidades, movimentos sociais e culturais em torno de metas globais e monitoráveis”, explicou.

 

Chamado coletivo: “Quem se importa, ganha”

O dirigente concluiu com um chamado inspirado em Kofi Annan:

Quem se importa, ganha. Quem se importa com o meio ambiente, ganha resiliência e competitividade. Quem se importa com a inclusão, ganha legitimidade e confiança. Quem se importa com a governança, ganha credibilidade e prosperidade.

 

Para ele, o ESG não é um destino, mas um caminho coletivo, construído passo a passo.

Cada decisão, cada ação, cada compromisso faz diferença. Que este Summit seja mais um marco de compromissos assumidos e transformados em resultados concretos. O futuro sustentável não é uma utopia distante, mas uma construção diária, que depende de todos nós.

 

 

Reconhecimento às equipes

Em sua fala, Marchezine também cumprimentou a equipe do Instituto Global ESG, composta por Ana Clara Moura (relações institucionais e governamentais), Paola Comin (relações internacionais) e Juliana Mota (relações públicas).

Cada uma delas é parte fundamental dessa construção diária que tem dado consistência, articulação e projeção ao nosso movimento”, destacou.

 

 

Um fórum estratégico pré-COP30

O ESG Summit Brasília 2025 consolida-se como fórum de integração entre sociedade civil, setor privado e poder público, reforçando a importância da convergência de agendas no caminho para a COP30, em Belém. No contexto do movimento interinstitucional ESG na Prática, o evento reafirma o Brasil como protagonista da transição sustentável global.


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