No Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado no Complexo Na Praia, Walleria Viana Sampaio, gerente-executiva da Unidade de ESG do Banco do Brasil, apresentou uma estratégia de transição para a economia de baixo carbono ancorada em escala, métricas e inclusão.
“O BB é protagonista em finanças sustentáveis — e isso só faz sentido se for construído com todos. Não basta a floresta em pé; precisamos das pessoas em pé”, afirmou.
Em linha com a Agenda 2030 do banco — “uma rota que vem sendo ajustada há 20 anos e que atualizamos em 1º de setembro”, disse —, Walleria consolidou compromissos até o fim da década: R$ 500 bilhões em carteira de crédito sustentável com adicionalidades ESG, dos quais R$ 200 bilhões destinados à agricultura sustentável e R$ 30 bilhões para energia renovável.
No componente ambiental, o BB mira conservar e restaurar 2 milhões de hectares até 2030; no social, impactar mais de 1 milhão de pessoas com inclusão financeira ativa.
“A gente tira o salto alto, tira o sapato e vai às comunidades ribeirinhas e quilombolas para desenhar crédito que caiba na realidade de quem não tem documento da terra ou até mesmo documento pessoal”, pontuou.
“Não se faz o mesmo crédito para uma grande corporação e para uma família ribeirinha.”
A gestora destacou quase R$ 40 bilhões já captados com bancos multilaterais e outros agentes para irrigar negócios liderados por mulheres e públicos minorizados.
“Quando uma mulher negra se movimenta, todo o seu entorno se movimenta também”, sublinhou.
O desenho do BB combina títulos sustentáveis, linhas de financiamento temáticas e apoio técnico à descarbonização das cadeias de valor de fornecedores e clientes:
“Não é só sobre o quão sustentável somos por dentro, mas sobre como arrastamos a cadeia junto.”
No eixo de reconhecimento e governança climática, Walleria lembrou que o BB foi eleito pelo Global 100 o banco mais sustentável do mundo pela sexta vez; possui desempenho de destaque no Dow Jones Sustainability Index; e, pela primeira vez, obteve rating “A” no CDP — único banco no Brasil e entre os 2% das empresas no mundo com essa nota.
“É um banco brasileiro, presente em milhares de municípios, reconhecido pelo que faz — não pelo que paga para parecer”, frisou.
O plano mira a COP30 (Belém, 2025):
“Chegaremos a Belém com entregas e parcerias. O Brasil sabe fazer agricultura regenerativa, energia limpa e inclusão, com A, S e G para todos, todas e todes”, disse, citando a integração com parceiros como a Embrapa e a articulação com a presidência Tassiana e o vice-presidente Saceron.
“Sustentabilidade que não inclui, não transforma.”
Sobre o evento
O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal, fomento do Grupo Arnone e apoios interinstitucionais de órgãos públicos, empresas, movimentos sociais e instituições científicas. O simpósio integra a agenda preparatória da COP30 (Belém, 2025), consolidando o Brasil como protagonista em finanças sustentáveis, economia circular, cadeias produtivas de baixo carbono e governança para o desenvolvimento.