O Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis contou com a participação especial do artista urbano Toys Daniel, um dos principais nomes da cena contemporânea brasileira.
Reconhecido por murais que marcam cidades dentro e fora do país, Toys integrou a iniciativa Fome de Arte, derivada do projeto Fome de Música, com uma obra carregada de simbolismo.
Por conta de uma temporada artística internacional previamente marcada, o artista não pôde estar presencialmente na programação em Brasília. De sua passagem pela Bélgica, compartilhou um vídeo especial no qual apresentou sua obra e dirigiu ao público uma mensagem de esperança e solidariedade.
Sua tela retrata uma escada — metáfora da vida como caminhada, degrau a degrau — e uma casinha iluminada, representando a certeza de que a esperança persiste e de que nunca deve faltar comida no prato das famílias.
“A escada significa a nossa vida, que é um degrau a cada dia. E a luz acesa na casinha mostra que a esperança existe e que nunca falte alimento na mesa de ninguém.”
Arte como instrumento de solidariedade
O Fome de Arte amplia o impacto do Fome de Música, projeto que nasceu durante a pandemia e já arrecadou quase R$ 8 milhões em cestas básicas. Com a contribuição de artistas como Toys, as obras têm 100% do valor revertido para o combate à fome, transformando cultura em ação concreta de solidariedade.
“Como artista urbano, eu me sinto feliz em poder ajudar o próximo com a minha arte. O meu trabalho sempre dialoga com esperança, e poder transformar isso em alimento, em dignidade, é um privilégio. A arte tem que estar a serviço da vida.”
Alinhamento com a CNODS/PR e a agenda da fome
A mensagem de Toys dialoga diretamente com a pauta da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Presidência da República (CNODS/PR), em especial com os compromissos de erradicação da pobreza e segurança alimentar, que estruturam a Agenda 2030 no Brasil. Sua obra reforça que não há sustentabilidade possível sem enfrentar a fome, em sintonia com o princípio de que diversidade, inclusão e dignidade são indissociáveis da agenda ESG.
“A fome não é um problema distante, é uma responsabilidade de cada um de nós. Se cada gesto pequeno for somado, vamos construir um futuro mais justo. Esse é o poder da união.”
Complemento artístico: Paulo Ricardo Campos e o ODS 18
A iniciativa Fome de Arte também contou com a contribuição do artista plástico Paulo Ricardo Campos, nome de destaque internacional que já retratou a Rainha Elizabeth II e integra o Livro de História da Arte Nacional, ocupando a cadeira de Vitor Meirelles. Sua obra homenageou a ancestralidade indígena e trouxe luz ao ODS 18 – Ética Racial, proposta brasileira no âmbito da CNODS/PR.
“Minha avó é minha raiz, minha ancestralidade. ODS 18 significa ética racial, e sem justiça racial não existe sustentabilidade”, declarou Paulo durante sua participação.
Presenças institucionais
O lançamento do Fome de Arte contou com a presença de Eduardo Azambuja Alves, presidente do Instituto Fome de Música; Eduardo Roque, vice-presidente; Ana Clara Moura, relações institucionais e governamentais do Instituto Global ESG; Paola Comin, relações internacionais do Instituto Global ESG; e Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global ESG. O momento teve ainda as participações especiais da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e do ministro Augusto Nardes, do TCU, que prestigiaram a iniciativa.
Contexto do evento
O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG e do Movimento Interinstitucional ESG na Prática, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal, referência em finanças sustentáveis, e com fomento do Grupo Arnone. A edição teve apoio de uma ampla rede interinstitucional e transmissão ao vivo pelo Poder360 e pela TV Global ESG no YouTube.