“Mundo, acorda!” – Paulo Ricardo Campos emociona o Global Meeting com arte em homenagem ao ODS 18

Artista brasileiro de destaque internacional apresenta obra que conecta ancestralidade indígena, ética racial e sustentabilidade; participação no Fome de Arte reforça papel da cultura na agenda ESG

19/09/2025 16h16 - Atualizado há 1 semana

Um dos momentos mais marcantes do Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado nesta quarta-feira (17) no Complexo Na Praia, em Brasília, foi a participação do artista plástico Paulo Ricardo Campos.

Convidado especial da iniciativa Fome de Arte, o artista apresentou uma obra inspirada no ODS 18 – Ética Racial, novo objetivo da Agenda 2030 proposto pelo Brasil em articulação com a Comissão Nacional para os ODS da Presidência da República (CNODS/PR).

 

Reconhecido internacionalmente — com obras que incluem um retrato da Rainha Elizabeth II exposto no Reino Unido —, Paulo Ricardo emocionou o público ao destacar a missão transformadora da arte no enfrentamento das desigualdades. Sua fala trouxe uma das frases mais simbólicas do encontro:

 

Mundo, acorda! Vamos movimentar. Se quisermos que o planeta continue, precisamos olhar para a ancestralidade e para a ética racial como fundamentos de um futuro justo.

 

Arte como chamado à consciência

Ao se apresentar, Paulo Ricardo destacou a responsabilidade do artista em ir além da estética e mobilizar consciências:

 

É uma alegria, enquanto artista, estar aqui e ver tanta gente desperta. Eu entrei para o Livro de História da Arte Nacional, ocupando a cadeira do Vitor Meirelles, mas entendo que meu papel é muito maior. A arte precisa provocar, transformar e apontar caminhos.

 


 

Sua obra, que retrata um indígena, foi concebida em homenagem à sua ascendência indígena por parte de sua avó materna e ao compromisso brasileiro com o ODS 18.


Para mim, é uma honra trazer essa representação. Minha avó é minha raiz, minha ancestralidade. E é dessa herança que nasce a força da minha obra. ODS 18 significa ética racial, e sem justiça racial não existe sustentabilidade.

 

Fome de Arte: quando a cultura alimenta

A participação de Paulo Ricardo Campos ocorreu dentro do lançamento do Fome de Arte, iniciativa derivada do Fome de Música, projeto que durante a pandemia arrecadou quase R$ 8 milhões em cestas básicas. A ação amplia o impacto social por meio da venda de obras de arte com 100% da receita destinada à causa.

 

Essas obras não são apenas telas. São alimentos, são esperança. Quem leva uma delas para casa não compra apenas arte: ajuda a transformar vidas.

 

 

A contribuição de Toys Daniel

Além da obra de Paulo Ricardo, o Fome de Arte contou também com a participação do artista urbano Toys Daniel, de Brasília. Em vídeo gravado na Bélgica, onde realizava murais, Toys apresentou sua tela como metáfora de esperança e resiliência.

 

A escada representa a vida, degrau a degrau. E a luz acesa na casinha mostra que a esperança existe — e que nunca falte comida no prato de ninguém”, disse.

 

 

Arte, ESG e governança social

A presença de Paulo Ricardo reforçou o eixo de governança social do Global Meeting, que destacou a importância de integrar diversidade, inclusão e igualdade racial à agenda ESG.

Quando o ministro Augusto Nardes falou de fé, crença e esperança, eu senti que minha obra dialogava diretamente com isso. A arte é uma forma de governança. É um chamado para que cada um faça a sua parte.

 

Paulo ainda agradeceu aos organizadores e parceiros, destacando o caráter coletivo da iniciativa:

 

Quero agradecer ao Instituto Global ESG, ao Na Praia e a todos que apoiam este movimento. Não há transformação isolada. É no coletivo que a gente acorda o mundo.

 



Paulo esteve ao lado de Eduardo Azambuja Alves, presidente do Instituto Fome de Música; Eduardo Roque, vice-presidente; Ana Clara Moura, relações institucionais e governamentais do Instituto Global ESG; Paola Comin, relações internacionais do Instituto Global ESG; e Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global ESG; além de contar com as presenças especiais da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e do ministro Augusto Nardes, do TCU.

 

 

Contexto do evento

O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG e do Movimento Interinstitucional ESG na Prática, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal, referência em finanças sustentáveis, e com fomento do Grupo Arnone. A edição teve apoio de uma ampla rede interinstitucional e transmissão ao vivo pelo Poder360 e pela TV Global ESG no YouTube.


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