Segundo painel do simpósio debate cadeias produtivas sustentáveis no Global Meeting

Discussão reuniu catadores, empresas, governo e agricultura familiar para tratar de inclusão social, rastreabilidade e justiça socioambiental

18/09/2025 21h31 - Atualizado há 4 horas

O Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado nesta quarta-feira (17) no Complexo Na Praia, em Brasília, prosseguiu sua programação com o Painel 2 – Cadeias Produtivas Sustentáveis: da origem ao consumo, cadeias que geram valor e confiança.

 

O debate trouxe à tona temas estratégicos como inclusão social, rastreabilidade, competitividade e segurança alimentar, reforçando que a sustentabilidade só se concretiza quando caminha lado a lado com a redução de desigualdades e a promoção da justiça racial.

 

Diversidade de vozes e experiências

O painel reuniu atores representativos de diferentes elos das cadeias produtivas:

 

  • Aline Sousa, ex-diretora-presidente da Centcoop, representante do Movimento Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e da Secretaria da Mulher e Juventude da Unicatadores;
  • Kallel Kopp, CEO da IS.Eco;
  • Breno Prince, diretor-executivo da Venturo;
  • Giancarlo Gama, gerente de projetos e coordenador da Comissão de Assuntos Econômicos do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS);
  • Anderson Cássio Sevilha, doutor em Ciências e pesquisador na área de inclusão socioprodutiva de povos e comunidades tradicionais e da agricultura familiar.

 

A mediação foi conduzida por Natália Gomes, diretora do Grupo Arnone, conselheira do Instituto Global ESG e representante do Instituto S Company.

 

 

Reflexões centrais do debate

A participação de Aline Sousa trouxe a perspectiva dos catadores de materiais recicláveis, lembrando que a inclusão dessas populações é decisiva para a efetividade da economia circular e para a justiça socioambiental. Kallel Kopp e Breno Prince apresentaram experiências empresariais em soluções tecnológicas e modelos de negócios inovadores que ampliam eficiência e rastreabilidade.

 

Já Giancarlo Gama destacou o papel das instâncias de governança no fortalecimento de políticas públicas que integrem sustentabilidade à competitividade econômica, enquanto Anderson Sevilha enfatizou a importância de valorizar a agricultura familiar e as comunidades tradicionais como protagonistas de cadeias produtivas regenerativas e inclusivas.

 

No registro fotográfico oficial do painel, também participaram a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o vice-presidente do Instituto Global ESG, Sóstenes Marchezine, reforçando o peso institucional do debate e a integração entre ciência, pesquisa, governança e articulação interinstitucional no processo de construção de cadeias produtivas sustentáveis.

 

O painel reforçou que cadeias sustentáveis não podem ser vistas apenas como instrumentos de mercado, mas como sistemas que integram múltiplos atores sociais, econômicos e culturais. Ao abordar rastreabilidade, segurança alimentar e justiça racial, os debatedores convergiram na ideia de que a sustentabilidade deve ser construída “do chão ao consumo final”, com participação ativa de comunidades, empresas, governos e consumidores.

 

 

Contexto do evento

O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG e do Movimento Interinstitucional ESG na Prática, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal, referência em finanças sustentáveis, e com o fomento do Grupo Arnone. A edição tem ainda apoio de uma ampla rede interinstitucional de entidades públicas e privadas.

 

A transmissão do simpósio foi realizada ao vivo pelo portal Poder360, parceiro de mídia do Programa ESG20+ e do Movimento ESG na Prática, e pelo canal da TV Global ESG no YouTube. O encontro integra a série de edições preparatórias rumo à COP30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.


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