A advogada Fabiana Favreto, do escritório Felipe Sarmento Advogados, protagonizou o encerramento do Global Meeting – Circuito COP30, conduzindo o último painel do Simpósio de Instrumentos Fiscais e Tributários Sustentáveis com uma fala marcada pela valorização da atuação interinstitucional, pelo reconhecimento aos profissionais envolvidos e pela convocação à responsabilidade técnica da comunidade jurídica frente aos desafios da transição ecológica e do novo pacto fiscal sustentável.
Com mais de 15 anos de experiência como chefe de gabinete de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e atualmente conselheira do Instituto Global ESG, Fabiana reafirmou a necessidade de fortalecer o protagonismo da advocacia na construção de soluções estruturantes. “Não se trata apenas de debater propostas, mas de viabilizar juridicamente caminhos possíveis. A advocacia tem um papel transformador na consolidação de instrumentos fiscais sustentáveis, na segurança jurídica da transição ecológica e na articulação de políticas públicas inovadoras e efetivas”, destacou.
Ao longo da sua mediação, Fabiana fez questão de agradecer nominalmente representantes da advocacia pública e privada, incluindo o ministro Jorge Messias, Advogado-Geral da União; a procuradora-chefe da Pronaclima, Tereza Villac; a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Almeida; a procuradora-geral federal, Adriana Venturini; e a secretária-geral do Conselho Federal da OAB, Roseline Moraes, representante dos advogados privados. Também prestou reconhecimento aos profissionais responsáveis pela organização do evento, com destaque ao trabalho técnico de Paulo Carlos da Silva, do Instituto Global ESG.
“Esta jornada foi construída a muitas mãos, com esforço conjunto de instituições comprometidas com a sustentabilidade como valor jurídico, ético e democrático. Precisamos seguir ampliando essas pontes entre as esferas pública, privada e acadêmica”, afirmou.
Obra coletiva e chamado institucional
O ponto culminante da participação de Fabiana no evento foi o anúncio do edital da obra coletiva “Governança Sustentável: a visão brasileira do novo sistema fiscal e tributário como impacto socioambiental”, iniciativa que reúne o Instituto Global ESG, a Advocacia-Geral da União, o Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA) e outras entidades parceiras.
Coordenadora da publicação ao lado de nomes como Sóstenes Marchezine, Fabiane Oliveira, Leila Moraes, Tereza Villac, Anelize Almeida e Adriana Venturini, Fabiana destacou que o livro será um repositório qualificado de experiências, diagnósticos e propostas jurídicas sobre os novos paradigmas do sistema fiscal brasileiro, com base na sustentabilidade e na justiça social.
“Este edital é mais do que um convite acadêmico — é um chamado institucional à comunidade jurídica brasileira. Convidamos autores e autoras que compreendem a centralidade da sustentabilidade fiscal como alicerce para um país mais justo, equilibrado e preparado para os desafios do presente e do futuro”, declarou.
Compromisso da advocacia com o desenvolvimento sustentável
Ao final de sua fala, Fabiana reforçou que a obra nasce do desejo coletivo de deixar um legado para o Brasil, a partir de contribuições técnicas com densidade jurídica e impacto prático.
“O nosso compromisso, como juristas, não pode ser apenas com a letra fria da lei. Ele precisa dialogar com a realidade da sociedade e com as urgências do nosso tempo. Governança, responsabilidade fiscal e justiça ambiental não podem mais ser tratados como temas apartados — são eixos estruturantes de um novo modelo de Estado e de desenvolvimento”, concluiu.
A participação de Fabiana Favreto no encerramento do evento simbolizou o alinhamento entre técnica, sensibilidade institucional e visão estratégica — uma combinação fundamental para que o direito continue sendo motor de soluções sustentáveis.