O presidente do Instituto Global ESG, Alexandre Arnone, encerrou com um discurso emocionado e contundente o Painel 3 do Simpósio de Instrumentos Fiscais e Tributários Sustentáveis – edição especial do Global Meeting – Circuito COP30, promovido pela Advocacia-Geral da União (AGU) em parceria com o Instituto Global ESG. O painel, intitulado “Transação Tributária Sustentável: Instrumento de Justiça Fiscal e Socioambiental e o Futuro das Resoluções de Conflitos Complexos”, reuniu lideranças de destaque no cenário jurídico-fiscal brasileiro.
Ao lado da procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize de Almeida; do procurador-geral adjunto da Dívida Ativa da União e do FGTS, João Henrique Grognet; e do diretor da Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF/AGU), José Roberto Peixoto, Arnone iniciou sua fala com agradecimentos entusiasmados pela presença e pelo nível técnico dos painelistas.
“Eu só tenho a agradecer essas três feras que estiveram conosco aqui hoje. É impressionante o trabalho de vocês – totalmente diferenciado do que muitas vezes vemos em cargos semelhantes. São profissionais que unem competência técnica com sensibilidade humana, e isso transforma o nosso ambiente de discussão em algo verdadeiramente promissor”, destacou.
Com 25 anos de trajetória profissional na área fiscal, Alexandre Arnone reforçou que a transformação institucional e social começa com a postura de líderes comprometidos. “Fico emocionado de ver pessoas com cabeça como a de vocês, que entendem que quem se importa, ganha. E isso é essencial. O ‘S’ dentro do ESG não pode ser visto como um complemento – ele é a essência. Se não nos importarmos com o social, todo o restante perde o sentido.”
Ao tratar da relevância da pauta ambiental e da governança, Arnone foi enfático: “Claro que precisamos cuidar do meio ambiente – isso é vital para garantir qualquer futuro. E precisamos de uma governança firme, porque sem ordem institucional não se sustenta uma sociedade. Mas nada disso será suficiente se milhões de brasileiros permanecerem invisíveis, sem acesso, sem chance de defesa, sem oportunidades para prosperar.”
O presidente do Instituto Global ESG também refletiu sobre a desigualdade regional no Brasil: “Nosso país vive realidades muito distintas. Quem está em uma capital muitas vezes não faz ideia do que ocorre no interior de estados imensos. Eu já passeei bastante por este país e vi realidades que me entristeceram profundamente. Mas também me deram força. É por isso que criamos os institutos e nos dedicamos a esse trabalho duro – porque acreditamos que é possível mudar. E não vamos recuar.”
Em sua conclusão, Arnone fez um apelo à continuidade do esforço coletivo: “Tudo o que estamos construindo aqui ainda é o começo. Estamos iniciando algo que precisa se tornar muito maior. E isso só será possível com o apoio e a presença de cada um de vocês. Esse Instituto, esse movimento, precisa ser um esforço conjunto. O poder público pode – e deve – ser parte ativa dessa transformação.”
A moderação do painel coube a Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global ESG, diretor-geral do Programa ESG20+ e sócio-diretor do Grupo Arnone e da Arnone Advogados em Brasília. Em sua fala de encerramento, Marchezine reforçou o papel do Instituto como espaço estratégico de articulação interinstitucional: “Estamos aqui para compreender onde estão as travas institucionais, como as do legislativo ou de órgãos como a PGFN, a CCAF, o FGTS, a SECAF. Precisamos entender esses reclames, traduzi-los e construir soluções em nome da sociedade.”
O painel discutiu o potencial da transação tributária como ferramenta moderna de estímulo a práticas sustentáveis por parte dos contribuintes, com contrapartidas sociais, ambientais e climáticas. Também foram debatidos os desafios jurídicos das negociações fiscais complexas, bem como propostas de aperfeiçoamento normativo para o uso estratégico desse instrumento.
A sessão foi encerrada com um registro fotográfico das autoridades e o convite para o happy hour oficial do evento, marcando o encerramento da programação do dia.
A participação de Alexandre Arnone reforçou o compromisso do Instituto Global ESG com a promoção de uma governança inclusiva, solidária e conectada às reais necessidades da população brasileira. Em sua própria definição, “o Instituto é um mundo que precisa crescer – e só crescerá se for construído com todos, sem exceção”.