Global Meeting consagra convergência pelo desenvolvimento sustentável e celebra legado de Kofi Annan com foco no Programa ESG20+

Evento histórico no Salão Nobre Kofi Annan destaca a prática do ESG como ferramenta estratégica para impulsionar parcerias institucionais, inovação normativa e impacto socioambiental no Brasil

21/06/2025 03h54 - Atualizado há 4 horas

O Salão Nobre Kofi Annan, na sede do Instituto Global ESG, foi palco de um momento histórico para a agenda da sustentabilidade no Brasil. Encerrando a edição especial do Global Meeting – Finanças Sustentáveis, lideranças públicas e privadas, especialistas, representantes do setor financeiro e da sociedade civil se reuniram para consolidar o propósito comum de colocar em prática o ESG como motor de transformação multissetorial e interinstitucional, em plena celebração dos 20 anos do conceito.

 

O encontro destacou o legado visionário de Kofi Annan, homenageado como patrono do movimento ESG na Prática, e reforçou o simbolismo do espaço que leva seu nome.

 

Este Salão Nobre nos lembra diariamente da responsabilidade que temos com o futuro do planeta. O ESG não tem dois meses, nem dois anos — são duas décadas de construção. E agora vivemos sua fase de implementação prática”, afirmou o vice-presidente do Instituto Global ESG, Sóstenes Marchezine.

 

O evento marcou também a apresentação e reforço do Programa ESG20+, iniciativa que projeta os próximos 20 anos do ESG com base em 20 princípios norteadores, e que conecta instituições públicas e privadas em prol de uma agenda comum.

 

Segundo Marchezine, “não se trata de disputar protagonismos, mas de entender que todas as inteligências, plataformas e sistemas são complementares. Essa convergência é a engrenagem para alcançar a sustentabilidade real”.

 

ESG na prática e força das parcerias

 

Durante o encontro, foi reafirmada a importância do Princípio 20 do Manifesto ESG na Prática, que trata justamente da engrenagem multissetorial para a realização do ODS 17 (Parcerias e Meios de Implementação). Um dos marcos da reunião foi o reconhecimento da força das parcerias estratégicas, com destaque para:

    •    Caixa Econômica Federal, co-líder do Conselho de Finanças Sustentáveis e patrocinadora do evento;

    •    CNAFIM, FEBRABAN, ABDE, AMBIMA, CVM, Banco Central do Brasil, B3, além de bancos como Banco do Brasil, Santander, Itaú, BRB, Sicredi, Cielo e outros;

    •    FAPEC, IBICT/MCTI, ANATC, Brasil Export, ABRIG, entre outros parceiros institucionais estratégicos.

 

O Conselho de Finanças Sustentáveis é transversal a todos os demais conselhos. Não há como falar de tecnologia, saúde ou educação sem financiamento”, pontuou Marchezine.

 

Operação logística solidária e impacto social

 

O evento também revelou bastidores de uma força-tarefa logística articulada por instituições parceiras para levar suprimentos ao Rio Grande do Sul durante as enchentes. A ação envolveu mais de 400 carretas e 20 toneladas de insumos por dia, distribuídos por transporte terrestre, aéreo e marítimo. A ANATC, liderada por Carley, entidade que congrega transportadores de cargas, foi reconhecida como peça fundamental da operação.

 

Isso é o social na prática, é o ESG em ação, salvando vidas e conectando esforços por um bem maior”, declarou.

 

Finanças Sustentáveis e inovação normativa

 

Outro destaque foi a análise sobre o PATEN (Programa de Aceleração da Transição Energética) publicada no Poder360, com ênfase no novo Fundo Verde e seus pilares jurídicos e econômicos. O Programa permite que empresas utilizem direitos creditórios e precatórios para financiar projetos sustentáveis e quitar dívidas com a União por meio de transações tributárias sustentáveis.

 

O artigo sinaliza a relevância da regulamentação do PATEM, sob liderança do Ministério de Minas e Energia e com apoio da sociedade civil por meio do Comitê Técnico Interministerial (CT-PATEN).

 

Temos uma apresentação estruturada sobre o PATEM e rodadas previstas para que todos estejam na mesma página sobre os instrumentos de finanças sustentáveis disponíveis. É uma oportunidade concreta de conexão entre o empresariado, o poder público e a sociedade civil”, afirmou Marchezine.

 

Chamada à continuidade e mobilização

 

A cerimônia foi encerrada com o convite à participação ativa de todos os setores, consolidando o ESG como eixo prático, integrado e mobilizador de políticas públicas e estratégias empresariais.

 

A coordenadora do Instituto Global ESG, Ana Clara Moura, concluiu: “Sustentabilidade não se discursa. Sustentabilidade se constrói em rede, com estratégia, articulação e coragem”.

 

O próximo Global Meeting – Finanças Sustentáveis será realizado em julho, num circuito mensal de programações até o final do ano, ampliando ainda mais o diálogo e as conexões que fortalecem a agenda ESG como fator de transformação do país.

 

 

Confira o vídeo: https://youtu.be/3md6TI50hsA?si=QCnEpa67B07XJb6Y


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