30/07/2024 às 11h28min - Atualizada em 30/07/2024 às 11h28min

FAO lança diretrizes atualizadas para combater incêndios florestais extremos

Publicação ajudará países a enfrentar temporadas de incêndios mais quentes, secas e longas

ONU News
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A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, divulgou recomendações sobre como gerenciar riscos de incêndios florestais prejudiciais, que podem ameaçar as pessoas e o meio ambiente.

O documento atualiza as diretrizes voluntárias anteriores da agência, publicadas há duas décadas, e incorpora novos conteúdos para enfrentar os desafios decorrentes da atual crise climática.

Aumento de incêndios florestais
Segundo dados citados pela FAO, previsões apontam que os incêndios florestais extremos se tornarão cerca de 50% mais frequentes até o final do século. Mudanças ambientais ligadas à mudança climática, como aumento da seca, altas temperaturas do ar e ventos fortes, devem resultar em temporadas de incêndios mais quentes, secas e longas.

Atualmente, cerca de 340 milhões a 370 milhões de hectares da superfície da Terra são queimados por incêndios florestais anualmente. Quando esses incêndios se tornam extremos, podem afetar negativamente o desenvolvimento sustentável, ameaçar os meios de subsistência das comunidades e gerar grandes volumes de emissões de gases de efeito estufa.

US$ 5 milhões em financiamento
O lançamento das diretrizes atualizadas é a atividade de estreia do Centro Global de Gerenciamento de Incêndios, que foi lançado em 2023 pela FAO e pelo Programa Mundial da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma.

Apoiado pelos governos do Canadá, França, Alemanha, Portugal, Coreia do Sul e Estados Unidos, o centro busca unir a comunidade global de gerenciamento de incêndios e aprimorar as capacidades nacionais para a implementação de estratégias integradas de gerenciamento.

Foi anunciado um financiamento em quase US$ 5 milhões desde o seu lançamento. Para a FAO, esse é um endosso crucial para missão de reduzir os efeitos adversos dos incêndios florestais na sociedade, nas paisagens e no clima global.

Integração da ciência e do conhecimento tradicional
As diretrizes enfatizam a abordagem de gerenciamento integrado de incêndios, que envolve a tomada de medidas muito antes, durante e muito depois de um incêndio.

Também recomendam ações estratégicas para apoiar a inclusão de povos indígenas e outros detentores de conhecimento local, que contribuem com práticas e percepções valiosas e específicas do local que aprimoram as decisões de gerenciamento de incêndios.

Para a FAO, o envolvimento desses grupos é fundamental para prevenir incêndios florestais, lidar prontamente com os focos de incêndio e restaurar áreas devastadas por queimadas severas.

Além disso, as diretrizes defendem a inclusão de gênero no gerenciamento integrado de incêndios, promovendo diversos conhecimentos sobre incêndios, opções inovadoras de gerenciamento e ampliação das melhores práticas. 
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