22/07/2024 às 16h28min - Atualizada em 22/07/2024 às 16h28min

Devido ao aquecimento global, partes do Brasil podem se tornar inabitáveis até 2070

Estudo tem impulsionado discussões globais sobre medidas de adaptar nossas cidades e infraestruturas para lidar com as novas realidades climáticas

Da Redação
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Um estudo recente conduzido pela NASA revelou que algumas regiões do Brasil estão entre os cinco lugares no mundo que podem se tornar inabitáveis nas próximas cinco décadas devido ao aumento das temperaturas e umidade.

O estudo, publicado na renomada revista científica Science Advances, foi liderado por Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, e destaca os riscos extremos de calor e umidade que poderiam tornar a vida humana insustentável em áreas significativas do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil.

Calor Extremo e Impacto Humano

O relatório da NASA indica que o fenômeno do "bulbo úmido" – uma medida que combina temperatura e umidade – está se tornando cada vez mais comum e intenso. Especificamente, o estudo aponta que temperaturas de bulbo úmido acima de 35°C, equivalentes a uma sensação térmica de 71°C quando ajustadas para uma umidade de 50%, estão se tornando uma realidade mais frequente.

Tal condição é extremamente perigosa, pois impede o corpo humano de se resfriar eficazmente através da transpiração, podendo levar a falências orgânicas fatais após exposição prolongada.

Projeções para 2070

De acordo com as projeções, regiões no Sul da Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho e partes da China, Sudeste Asiático e Brasil enfrentarão condições que desafiam os limites de habitabilidade humana devido ao aumento das temperaturas de bulbo úmido.

O estudo da NASA sugere que, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, essas áreas poderão experimentar níveis críticos de calor e umidade que tornarão a vida ao ar livre insustentável e perigosa.

Reações e Medidas

O estudo tem impulsionado discussões globais sobre medidas de mitigação e adaptação, com especialistas apelando para políticas mais agressivas de redução de emissões e maior investimento em soluções sustentáveis. "Este é um chamado para ação imediata.

Não só precisamos reduzir drasticamente nossas emissões, como também devemos adaptar nossas cidades e infraestruturas para lidar com as novas realidades climáticas," afirmou Marcelo Santos, climatologista da Universidade de São Paulo ao Jornal O Globo.

Desafios e Esperanças

A notícia surge em um momento em que o Brasil e outros países já enfrentam ondas de calor recordes e outros eventos climáticos extremos, destacando a urgência de ações climáticas coordenadas globalmente. Enquanto o desafio é formidável, o crescente reconhecimento e as iniciativas emergentes de adaptação climática oferecem esperança de que estratégias eficazes possam ser implementadas a tempo de evitar os piores cenários projetados pelo estudo.

A divulgação desses dados é um lembrete crucial do impacto iminente das mudanças climáticas, não apenas em ecossistemas distantes, mas em nossa própria capacidade de habitar e prosperar em grandes faixas do planeta.
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