06/07/2024 às 16h36min - Atualizada em 08/07/2024 às 12h06min

Vitor de Andrade, Superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura, anuncia projeto inovador em visita ao Instituto Global

​Peixes do Cerrado devem transformar a cadeia produtiva na região e garantir fonte de renda para famílias

Da Redação
Numa iniciativa inovadora, o Ministério da Pesca e Aquicultura, em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura Familiar (Conaf), lançou o projeto Peixes do Cerrado. Este projeto visa transformar a cadeia produtiva da pesca, proporcionando maior autonomia e lucro aos pequenos e médios agricultores familiares.

Inicialmente, a ideia era que uma grande indústria comprasse a produção dos agricultores por um período de cinco anos, garantindo segurança e estabilidade financeira. No entanto, a lógica foi invertida para beneficiar ainda mais os produtores. Com a construção de 120 tanques nos próximos dias, o foco agora é garantir que os agricultores familiares retenham a maior fatia dos lucros.

"O próprio produtor vai pagar a indústria para fazer o beneficiamento, para que ele mesmo possa vender os produtos nos meios de escoamento que estamos criando. Isso vai agregar muito mais valor à sua produção", explica Vitor José de Andrade Júnior, Superintendente Federal do Ministério da Pesca e Aquicultura, em visita à sede do Instituto Global, em Brasília.

Além do beneficiamento dos pescados, o projeto contempla a utilização do couro da tilápia, que possui alto valor medicinal e pode ser vendido para hospitais para o tratamento de queimaduras, além de ser utilizado na produção de roupas e sapatos. As vísceras dos peixes também serão reaproveitadas para a produção de ração animal, garantindo mais uma fonte de renda para os produtores.

Este modelo de negócio reflete os princípios de ESG (Environmental, Social, and Governance), ao garantir que o dinheiro chegue diretamente aos produtores, fortalecendo a economia local e promovendo a sustentabilidade ambiental.

A iniciativa promete revolucionar a pesca familiar no Brasil, oferecendo condições adequadas para que pequenos e médios agricultores possam se desenvolver de maneira consistente e sustentável. Com isso, espera-se não apenas um aumento na produção e renda, mas também uma melhoria significativa na qualidade de vida dos agricultores familiares.

O Instituto Global

O Instituto Global ESG é uma organização que promove a responsabilidade socioambiental e a governança pública e privada no Brasil. Fundado por Alexandre Arnone, o instituto lidera o movimento interinstitucional ESG na Prática, que celebra a implementação do conceito ESG, cunhado por Kofi Annan em 2004. Kofi Annan, ex-Secretário-Geral da ONU e Nobel da Paz, foi um pioneiro na integração de práticas ambientais, sociais e de governança no setor corporativo global.

O Instituto Global ESG se dedica a fomentar práticas de governança ambiental, social e econômica através de iniciativas como a criação e manutenção de um portal de notícias, o Global ESG e podcasts que discutem o tema de maneira interdisciplinar. O Instituto Global também promove estudos técnicos, cursos de capacitação, eventos e encontros interinstitucionais, conectando de forma responsável o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada, em agendas de alto nível. “Estamos comprometidos em disseminar o conhecimento e promover a transformação cultural necessária para um futuro sustentável”, afirma Alexandre Arnone, Chairman do Grupo Arnone e líder da Arnone Advogados, firma jurídica com atuação em todo o Brasil.

ESG na Prática

O movimento “ESG na Prática” promove a integração de ações sustentáveis entre a iniciativa privada, sociedade civil e o poder público. A missão é conectar diversos setores da sociedade para fomentar uma cultura de sustentabilidade que seja efetiva e mensurável. 

Neste ano de 2024, o movimento “ESG na Prática” valoriza como mote a celebração dos 20 anos de criação do conceito ESG. Para comemorar, o movimento lançou a campanha ESG 20 Anos, com diversas ações e iniciativas ao longo do ano, destacando duas décadas de avanços e desafios na implementação de práticas sustentáveis.

O Instituto Global ESG fomenta, ainda, iniciativas técnicas nas corporações e entidades, a exemplo do Balanço Socioambiental, diretriz há 20 anos apresentada pelo Conselho Federal de Contabilidade com a edição da norma NBCT15. Essa norma hoje se performa como um clamor internacional para fins de concretização de investimentos e de promoção do desenvolvimento sustentável: a metrificação das ações, com foco no combate ao chamado greenwashing (ou “maquiagem verde”).

Acordo de Cooperação Firmado entre a CONAF e o Instituto Global ESG

Em um marco para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar brasileira, a CONAF e o Instituto Global ESG firmaram um acordo de cooperação histórico para integrar os princípios ESG na rotina dos pequenos e médios produtores rurais. Este acordo, assinado pelo Presidente da CONAF Brasil, Gedir Santos Ferreira, pela Secretária Nacional da entidade, Paola Comin e por Sóstenes Marchezine, Vice-presidente do Instituto Global ESG, visa:

* Promover a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis, como agroecologia e agricultura regenerativa.
* Apoiar o desenvolvimento social e econômico dos produtores, garantindo acesso a crédito, assistência técnica e mercados.
* Ampliar o mercado de biodiesel e outras iniciativas da economia verde.
* Promover a agricultura familiar brasileira no cenário internacional como modelo de sustentabilidade e inovação.

“Com esta parceria, estamos colocando a agricultura familiar na vanguarda da agenda ESG”, afirma Sóstenes Marchezine. Alexandre Arnone acrescenta: “Este acordo fortalece a posição do Brasil como líder em sustentabilidade e sublinha nosso papel na promoção da segurança alimentar através de práticas agrícolas inovadoras e seguras”.
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