27/10/2023 às 15h06min - Atualizada em 27/10/2023 às 15h06min

Mercados Emergentes Podem Desbloquear US$1.5 Trilhões em Investimentos Privados com Construção Verde até 2035, Revela IFC

Adotar práticas de construção sustentável pode reduzir as emissões de carbono na indústria da construção em 23% até 2035, revela um estudo recente da IFC. Notavelmente, os mercados em desenvolvimento podem contribuir com mais da metade dessa diminuição.

Adotar práticas de construção sustentável pode reduzir as emissões de carbono na indústria da construção em 23% até 2035, revela um estudo recente da IFC. Notavelmente, os mercados em desenvolvimento podem contribuir com mais da metade dessa diminuição.

Atualmente, o setor de construção, abrangendo desde a construção até a produção de materiais como cimento e aço, é responsável por 40% das emissões industriais de CO2 do mundo. As crescentes demandas por moradias e infraestrutura em economias emergentes, que frequentemente recorrem a técnicas e materiais intensivos em carbono, agravam esse cenário.

O estudo, denominado "Construção Verde: Práticas Sustentáveis em Mercados Emergentes", sugere estratégias para incentivar abordagens de construção sustentável nesses países. Recomendações incluem a implementação de regulamentos para edificações mais eficientes, incentivos para construções sustentáveis e políticas de precificação de carbono. Tais iniciativas podem desbloquear até 1.5 trilhões de dólares em investimentos privados nos próximos dez anos.

Makhtar Diop, da IFC, acredita que a tendência de construção sustentável está ganhando ímpeto. Com políticas adequadas, ele espera um crescimento no financiamento privado para esse segmento em economias emergentes.

O estudo também enfatiza a importância de instrumentos financeiros voltados para a sustentabilidade, como hipotecas e fundos verdes, para impulsionar investimentos no setor. O financiamento global para construções sustentáveis teve um crescimento exponencial, alcançando 230 bilhões de dólares em 2021, mas apenas uma pequena fração foi destinada aos mercados emergentes.

Além disso, o relatório destaca que a adoção de tecnologias já disponíveis pode ser economicamente vantajosa. Por exemplo, na operação de edifícios, o uso de energias limpas e materiais inovadores pode gerar economia a longo prazo. Enquanto isso, para novas construções, soluções como designs eficientes e captação de água da chuva são altamente benéficas. Em relação aos materiais, optar por processos e insumos mais sustentáveis pode diminuir drasticamente as emissões de CO2.
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