O chefe do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), Simon Stiell, em um discurso impactante na quarta-feira (10), alertou governos, líderes empresariais e bancos de desenvolvimento sobre a urgência de agir nos próximos dois anos para evitar uma crise climática devastadora.
Stiell destacou que as emissões de gases do efeito estufa continuam a atingir níveis alarmantes, com as atuais medidas de combate às mudanças climáticas sendo insuficientes para conter o aquecimento global dentro de limites seguros. Ele enfatizou que a redução das emissões pela metade até 2030 é crucial para evitar um aumento catastrófico de mais de 1,5°C nas temperaturas globais.
O secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas disse que os países do G20, responsáveis por uma parcela significativa das emissões globais, precisam liderar esforços urgentes para enfrentar a crise climática.
Stiell ressaltou a importância das negociações climáticas da ONU em Baku, Azerbaijão, este ano, onde é crucial que os países concordem com novas metas de financiamento climático para apoiar os países em desenvolvimento na transição para fontes de energia limpa e na adaptação às mudanças climáticas.
Além disso, Stiell expressou a necessidade de reuniões climáticas futuras reduzirem seu tamanho, focando em resultados tangíveis e evitando a influência excessiva de lobistas do setor de combustíveis fósseis. Stiell enfatizou que os próximos dois anos são "essenciais para salvar nosso planeta" e que ações decisivas são necessárias agora para evitar consequências climáticas devastadoras no futuro.