08/04/2024 às 11h29min - Atualizada em 08/04/2024 às 11h29min

Pará anuncia sua primeira emissão de créditos de carbono na London Climate Action Week

Com uma carteira de créditos avaliada em R$ 156 milhões, o Pará capta um potencial de aproximadamente R$ 10 bilhões

Redação
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Antonio Cruz/Agência Brasil

Na vanguarda das iniciativas ambientais, o Estado do Pará está prestes a realizar sua primeira emissão de créditos de carbono durante a London Climate Action Week, marcada para o dia 30 de junho. Confirmado pela comunicação do governador Hélder Barbalho, o evento representa um marco significativo na trajetória do estado na luta contra as mudanças climáticas.

A operação, estimada em cerca de R$ 1 milhão, é fruto de um processo meticuloso de construção do sistema de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), que foi apresentado a um grupo de representantes de empresas globais durante a COP28 em Dubai, no ano passado. Este sistema, que possibilita as transações no mercado de carbono, é administrado por uma companhia estatal criada especificamente para esse fim.

Com uma carteira de créditos avaliada em R$ 156 milhões, o Pará capta um potencial de aproximadamente R$ 10 bilhões, sinalizando um mercado promissor para investidores interessados em contribuir para a preservação ambiental. Além disso, o estado está empenhado na recuperação da vegetação nativa, como parte do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, com o objetivo ambicioso de recuperar 5,6 milhões de hectares até 2030.

Prevê-se que, ao longo de 40 anos de concessão, cerca de 2,7 milhões de toneladas de CO2 sejam sequestradas da atmosfera, um feito significativo no combate às emissões nocivas. Em um evento realizado na Universidade Harvard e no Massachusetts Institute of Technology (MIT), o presidente do Consórcio Amazônia e governador do Pará, Helder Barbalho, enfatizou a necessidade de financiamento por parte do "Norte global" para as soluções que a Amazônia pode oferecer à transição verde e ao combate das mudanças climáticas.

O governador ressaltou que, embora a Amazônia muitas vezes seja culpabilizada pelos desequilíbrios climáticos, é fundamental reconhecer seu potencial como solução, desde que devidamente financiada. A inclusão da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, na mesa de discussões buscou ainda a importância do diálogo e da cooperação entre diferentes setores da sociedade na busca por soluções ambientais sustentáveis.


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