22/03/2024 às 16h14min - Atualizada em 22/03/2024 às 16h14min

Relatório da AIE aponta que empresas de combustíveis fósseis estão além das metas de redução de emissões

Maioria das empresas planeja expandir produção de petróleo e gás, ignorando tendências energéticas e aumentando riscos para investidores e meio ambiente.

Redação
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Um relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE) revelou que a maioria das empresas do setor de combustíveis fósseis está falhando em cumprir as metas de redução de emissões. De acordo com a análise, a concentração das empresas tem sido apenas na redução das emissões da produção, transporte e processamento de petróleo e gás, que representam aproximadamente 15% do total de emissões de gases de efeito estufa relacionadas à energia.

O relatório  aponta que muitas empresas planejam utilizar compensações para atingir suas metas, financiando projetos de redução de emissões em outros locais, em vez de focarem na redução de suas próprias emissões. Faye Holder, investigadora das reivindicações das empresas petrolíferas para a ONG Influence Map, observa que essas empresas não estão se adaptando ao ritmo necessário para acompanhar as mudanças na demanda energética global, além de estarem fazendo lobby contra políticas que poderiam acelerar essa transição.

Entre as empresas avaliadas, a gigante petrolífera britânica BP obteve a melhor classificação, mas ainda assim recebeu uma nota baixa. Apesar de se comprometer em reduzir sua produção até 2030, a BP continua explorando novas reservas e planejando aumentar significativamente seu portfólio de gás natural liquefeito.

Enquanto isso, a maioria das empresas planeja expandir sua produção de combustíveis fósseis na próxima década, indo de encontro às tendências energéticas projetadas pela AIE, que indicam uma diminuição da demanda por esses combustíveis até 2030.

A Carbon Tracker alerta que as empresas de combustíveis fósseis precisam se preparar para uma transição inevitável para tecnologias limpas, a fim de reduzir a exposição ao risco de investimento e beneficiar o planeta. A transição energética já está em curso, impulsionada pela ação política e inovação tecnológica, mas precisa ser acelerada para cumprir as metas do Acordo de Paris e mitigar o aumento das temperaturas globais.





 
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