15/03/2024 às 15h11min - Atualizada em 15/03/2024 às 15h11min

Usina fotovoltaica flutuante contribui com energia renovável ocupando espaço ocioso

Araucária, na Represa Billings, pode produzir até 10 GWh por ano a partir da matriz solar

Arthur Mirov e João Kerr
Foto Divulgação EMAE
Em pleno crescimento, o setor de energia solar, em quase todos os níveis, continua em grande ascensão no país e de formas cada vez mais diferentes. A Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF Araucária), que está localizada na represa Billings, na capital paulista é um exemplo disso. Tendo um investimento inicial de R$ 30 milhões, ela conta com 10,5 mil placas sobre a lâmina d’água. A planta tem capacidade para produzir até 10 GWh por ano a partir da matriz solar, o equivalente ao consumo de 4 mil residências.

“A usina é um dos principais projetos de desenvolvimento de energia sustentável em São Paulo. A conclusão está prevista para o final de 2025, com a entrega de outros 75 MW de energia renovável e investimento de R$ 450 milhões.”, conta Teresa Lana, coordenadora de captação e desenvolvimento e novos negócios da EMAE.

Mas uma usina flutuante pode ser agressiva ao meio ambiente?

Segundo a engenheira da EMAE, Tatiane Ferrari, com a construção de mais três usinas em projeto, ao todo serão produzidos 130MW e não irão cobrir nem 1% do reservatório. Além disso, vai diminuir a evaporação da água da represa.

Para o engenheiro da Emae, Ronaldo Ferraz de Carvalho, o projeto é sustentável também por aproveitar uma área pouco utilizada, da lâmina d’água. Além disso, a instalação nesse local também contribui com a eficiência energética: “nos painéis, o aumento da temperatura, diminuí a eficiência da célula, e na água ela diminuí havendo uma refrigeração. E trabalhando numa temperatura bem mais baixa. Havendo um rendimento de 10% acima do rendimento de uma usina na terra” - explica Ronaldo.

Também a vantagem de ser construída na água comparada de construída em solo firme, além das questões financeiras, teriam as grandes disputas de espaço em terreno para a instalação deste porte, como aqui em São Paulo-SP. Trazer um montante grande de energia, numa área até então não usada, dá um ganho muito grande, tanto econômico como ambiental, segundo Carlos Alberto Rodrigues Silvas, engenheiro da Emae.

“A energia fotovoltaica produzida através de Usinas Flutuantes pode abrir uma grande perspectiva energética no Brasil e sendo um grande caminho e grande campo a ser explorado.” completa Carlos.
Link
Tags »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://globalesg.com.br/.
Fale com a gente pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? Escreva o que precisa