14/03/2024 às 08h38min - Atualizada em 14/03/2024 às 08h38min

IA, carros elétricos e produtos farmacêuticos da China devem atrair mais investimentos estrangeiros

Segundo relatório, empresas estatais, privadas e com financiamento estrangeiro são forças importantes na modernização do país

Por PR NEWSWIRE
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A China estabelece a meta de crescimento do PIB para 2024 em cerca de 5% nas "duas sessões". Paulo Feldmann, professor de economia da Universidade de São Paulo e autor de Management in Latin America: Threats and Opportunities in the Globalized World, ao GDToday em uma entrevista exclusiva, acredita que a China tem um peso importante no crescimento em 2024 porque "até mesmo o FMI mudou sua previsão e concluiu que a China realmente crescerá mais do que o esperado no ano passado. A China é um dos melhores lugares para investir para todos os países".

Segundo o relatório de trabalho do governo apresentado na terça-feira à legislatura nacional para deliberação, as empresas estatais (SOEs), as empresas privadas e as empresas com financiamento estrangeiro são todas forças importantes na modernização da China.

Prometendo permanecer firme no aprofundamento da reforma, o relatório afirma que a China trabalhará para estimular o dinamismo de todos os tipos de entidades de mercado. O país criará mais empresas de classe mundial e implementará integralmente as diretrizes para facilitar o crescimento do setor privado e suas medidas de apoio, segundo o relatório.

Feldmann disse que "há dez anos, era o momento do investimento em infraestrutura. Mas agora a China conta com outros tipos de investimento que atrai a atenção de investidores internacionais, especialmente em áreas de altíssima tecnologia, onde a China é muito forte, como inteligência artificial, carros elétricos e produtos farmacêuticos." Enquanto isso, ele afirma que o fato de a China ter um mercado enorme continuará atraindo empresas estrangeiras relacionadas ao varejo

Feldmann está otimista de que as relações comerciais entre a China e os EUA melhorarão. "A situação está diferente agora. Portanto, as discussões entre o governo americano e o governo chinês mostram que a situação está melhorando".reiteira.

Há muito tempo, a pobreza é um problema que assombra a América Latina. Considerando a redução da pobreza alcançada pela China, Feldmann sugeriu que a América do Sul precisa de mais cooperação com a China em termos de mercado, geração de empregos e redução da pobreza e da fome.

A infraestrutura é uma das questões mais importantes da América Latina. Feldmann disse que os países da América Latina precisam ter mais ferrovias, estradas e geração de energia elétrica para melhorar a produtividade e criar empregos. "A China é a maior especialista do mundo em termos de construção de infraestrutura. E pode contribuir muito apoiando a América Latina nessa área."

Além disso, a colaboração educacional é outra área importante na qual Feldmann se concentra. "Será muito importante para nós ter melhores relações com as universidades chinesas." Tomando a Universidade de São Paulo como exemplo, que tem relações com universidades chinesas, especialmente com a Universidade Fudan em Xangai, Feldman espera explorar maiores oportunidades entre a China e a América Latina.
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