10/03/2024 às 19h06min - Atualizada em 10/03/2024 às 19h06min

Embargo remoto: como o recurso contribui com o combate ao desmatamento

Proibido durante quatro anos, o formato remoto volta a contribuir com a ação do IBAMA

João Kerr
Envato
O embargo remoto tem sido uma das principais ferramentas do IBAMA para o combate ao desmatamento. Sem precisar enviar uma equipe até o local, o Instituto utiliza tecnologia para mapear onde houve desmatamento e suspender as atividades nas áreas.
 
Adotado pela primeira vez em 2016, o uso do recurso foi interrompido dois anos depois. Em julho de 2023, o governo federal voltou a utilizá-lo e logo viu os efeitos. Logo nos três meses seguintes, foram mais de 200 mil hectares embargados, área superior à da cidade de São Paulo. As mutas aplicadas somam mais de 600 milhões de reais.
 
Segundo Isabela Rahal, coordenadora geral de gestão estratégica do IBAMA, algumas das áreas embargadas já estão em recuperação natural. Ou seja, a paralisação das atividades no terreno já surtiu efeito e as florestas estão voltando a crescer. Os embargos perduram até que o dano ambiental seja reparado.
 
Isabela ainda conta que uma resolução do Banco Central (BACEN) contribui com o IBAMA para dificultar a vida dos proprietários de áreas desmatadas. “Além de suspender as atividades nestas áreas, os imóveis que estão em área embargada não têm acesso aos programas de crédito rural, como plano Safra.”
 
“Assim, conseguimos resultados muito mais efetivos. As multas demoram para serem julgadas. Aqueles que têm capacidade pagam advogados e atrasam o processo. O embargo é aplicado mais rapidamente”, completa.
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