07/03/2024 às 10h48min - Atualizada em 07/03/2024 às 10h48min

Podcast ESG na Prática recebe o Deputado Federal Daniel Almeida

Vice-líder do Governo Federal na Câmara dos Deputados, Almeida falou sobre o papel do Brasil como protagonista na nova economia mundial

Camila Caringe
Em 2024 comemoramos 20 anos do movimento ESG. O termo foi visto pela primeira vez em um estudo inovador de 2004, “Who Cares Wins”, do Pacto Global das Nações Unidas. As palavras environmental, social e governance deram origem à sigla que uniu governos, empresas e sociedade civil em torno do mesmo esforço: a adequação das atividades humanas em prol da sustentabilidade do planeta, das relações e dos negócios.

“O ESG faz parte de uma concepção que ninguém mais pode negar na realidade do mundo atual. Quem não se ajustar, não compreender, não se integrar a esse movimento, vai ficar fora do mercado global”, destacou o Deputado Federal Daniel Almeida (PCdoB/BA) em conversa com Alexandre Arnone e Sóstenes Marchezine, founder e vice-presidente do Instituto Global ESG, respectivamente. “Penso que o Brasil tem uma oportunidade rara, por suas condições ambientais, sociais e de transição energética. Já existe maturidade no ambiente dos negócios, no setor de políticas públicas e também já temos uma boa interlocução com a sociedade.”

Para Almeida, apesar da polarização ideológica ainda presente no cenário político e social brasileiro, os lados se unem em torno de questões-chave para o bem viver. E ele está certo. De acordo com pesquisa encomendada pelo Google à MindMiners, empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital, uma em cada quatro pessoas (27%) no país já ouviu falar da sigla. Além disso, mais de quatro em cada cinco (83%) entrevistados valorizam empresas e marcas ligadas à agenda ESG, considerando importante que elas atuem para minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e para construir um mundo mais justo e responsável para a sociedade. “As instituições estão todas convergindo em torno da preocupação com boas práticas.”

Já para Arnone, a colaboração entre o setor público, privado e as organizações da sociedade civil é fundamental para abrir caminhos que sejam sustentáveis em si mesmos, tecendo acordos que possam durar e impactar de forma perene o cenário que inspira a legislação. “O que mais me emociona, como pessoa e como profissional, é poder ver que a maturidade política realmente está se desenvolvendo. Isso é algo muito importante, porque há pouco tempo atrás a gente não tinha essa perspectiva e hoje o mundo clama por boas práticas de sustentabilidade.”

Os representantes do Instituto Global lembram ainda que os 20 anos do movimento ESG coincidem com os 20 anos da Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 15, um rico documento, pouco conhecido, que estabelece procedimentos para evidenciar, de forma clara e objetiva, o nível de maturidade das corporações em relação às práticas de natureza ambiental, social e de governança. “O ESG não pode ser uma questão subjetiva. Nós precisamos tratar o assunto com métricas. De que maneira o investidor, o fundo, o banco pode ter tranquilidade de que o valor investido está sendo aplicado com impacto social e sustentável na comunidade? As empresas devem ser incentivadas. A união de forças é o que faz com que o Brasil se desenvolva”, conclui Marchezine.

Se você quer saber mais sobre este assunto, confira tudo o que rolou no podcast ESG na Prática:


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