07/03/2024 às 15h45min - Atualizada em 07/03/2024 às 15h45min

Internações por dengue podem cair mais de 50% com investimentos em saneamento, segundo estudo

Ampliação da cobertura do serviço ainda reduziria gastos com saúde no Brasil

João Kerr
Envato
Uma pesquisa publicada pela IDB Invest indica que um aumento de 10% na cobertura de serviços de água e esgoto poderia diminuir as hospitalizações por dengue em 56%. Os investimentos ainda reduziriam os custos da saúde pública com a doença também em 10%.

O estudo também aponta que o risco de dengue aumenta após períodos de seca em áreas com baixa cobertura de saneamento, devido ao acúmulo de água em recipientes. “Mais de 50 milhões de pessoas no Brasil não têm acesso diário à água. Essas pessoas vão buscar formas de armazenar água”, conta Luana Pretto, presidente executiva do Instituto Trata Brasil.

“Muitas vezes essa forma de armazenamento não é a ideal e pode gerar focos de reprodução do mosquito da dengue”, completa Luana. Ela ainda aponta para a falta de escoamento adequado dos esgotos: “Quando temos esgotos sem tratamento, em locais sem escoamento, se formam focos do mosquito da dengue. Às vezes tem uma criança brincando por perto e acaba sendo picada”.

De acordo com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma queda de 1,1% nas hospitalizações por doenças relacionadas à água foi identificada em municípios beneficiados por novos projetos de saneamento. Entre os bebês, a redução foi de 4%.

O boletim epidemiológico mais recente indica que o Brasil registrou 688.461 casos prováveis de dengue até aqui em 2023, um aumento de 315% em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse número já supera os totais de casos de 2017, 2018 e 2021.
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