A energia solar soma mais de 1 gigawatts (GW) somente no mês de janeiro e atinge o equivalente a 16,8% de participação na matriz elétrica. O avanço das usinas de grande porte, em estados nordestinos e do Centro-Oeste, a partir de parcerias público-privadas é o grande responsável.
Ao todo, 26,3 GW de potência são gerados a partir desta fonte, em que 11,7 GW são gerados a partir de usinas de grande porte. Dado é considerado um avanço pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), devido a sua consideração como "energia limpa", em que seu impacto ao meio ambiente é nulo quando comparado a outras fontes energéticas.
Um relatório divulgado pela Absolar no último mês revelou que, de 2012 a 2023, os investimentos em sistemas de geração de energia solar fotovoltaica alcançaram aproximadamente R$130,7 bilhões. Durante esse período, foram criados cerca de 780,1 mil postos de trabalho.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, o Brasil está em posição vantajosa para tornar-se exemplo global de matriz energética, para o especialista: "Com a combinação de tecnologias, como o armazenamento de energia elétrica e o hidrogênio verde, o Brasil pode, em pouco tempo, impulsionar seu desenvolvimento sustentável, com a geração de milhares de novos empregos verdes, trazendo mais renda para os trabalhadores e mais oportunidades para a nossa população", enfatiza Koloszuk.
Além disso, para entender melhor o impacto deste dado, o geógrafo e advogado, Alexandre Buccini, explica que a energia solar, assim como toda fonte renovável, é o futuro do mundo. "Estas fontes consomem recursos do planeta de forma mais lenta ou igual à capacidade de renovação", finaliza.