01/02/2024 às 09h44min - Atualizada em 01/02/2024 às 09h44min

Empresas intensificam compromisso com transparência ESG, indica estudo da KPMG

Governança corporativa ganha destaque, e empresas associam indicadores ESG à remuneração variável

Bianca Rocha
Bianca Rocha
Envato
O recente estudo do ACI Institute, em parceria com a KPMG, revela que as empresas de capital aberto listadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3) estão cada vez mais focadas na transparência, especialmente nas áreas de meio ambiente, social e governança (ESG). Os resultados, baseados nos formulários de referência de 282 companhias até maio de 2023, indicam uma ascensão notável na inclusão de informações ESG nos relatórios, com 76% das empresas brasileiras, um aumento de 12% em relação ao estudo anterior.

Um dos destaques do levantamento é a tendência crescente das empresas em vincular indicadores ESG à remuneração variável de conselhos de administração e executivos seniores. Cerca de 65% das empresas analisadas adotaram essa prática, sinalizando uma maior integração das boas práticas sustentáveis no modelo de governança.

Após um ano marcado por escândalos na área de governança corporativa, a transparência na divulgação de informações tornou-se uma das principais preocupações para as empresas de capital aberto. O estudo mostra um aumento significativo na divulgação de informações auditadas ou revisadas por entidades independentes, passando de 43% em 2019 para 57% em 2023.

A preocupação com ferramentas que fortalecem a governança corporativa também está em ascensão, com 91% das companhias adotando uma política formalizada de gerenciamento de riscos, e 82% mantendo uma área específica dedicada a essa função.

O relatório deste ano destaca ainda o aumento nas empresas que avaliam o desempenho do conselho de administração (80%) e de seus membros individualmente (70%). Esses índices representam um avanço em relação à última edição do estudo.

Além da governança corporativa, o levantamento lista os cinco principais fatores de risco divulgados pelas companhias, sendo eles: riscos financeiros e de caixa (47%); condições políticas, econômicas e de mercado (39%); riscos operacionais (36%); riscos de segurança cibernética (29%); e riscos associados à execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (24%).


 

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