Painel inaugural do Global Meeting conecta ciência, política e setor produtivo pela economia circular

Sessão contou com mensagem internacional do empresário Dan Ioschpe e palestra magna da secretária Júlia Cruz, reforçando o Brasil como protagonista da transição verde

18/09/2025 21h23 - Atualizado há 4 horas

O Global Meeting – Circuito COP30: Simpósio de Economia Circular e Cadeias Produtivas Sustentáveis, realizado nesta quarta-feira (17) no Complexo Na Praia, abriu sua programação de debates com um painel inaugural marcado pela presença de lideranças políticas, acadêmicas e empresariais. A sessão contou com duas palestras magnas e um debate robusto sobre o papel da circularidade como motor de inovação e desenvolvimento.

 

 

Palestras magnas: visão global e políticas públicas

O empresário Dan Ioschpe, presidente do Conselho da Iochpe-Maxion e Campeão de Alto Nível do Clima da COP30, participou com uma mensagem em vídeo gravada especialmente para o evento, já que se encontra em missão internacional de promoção da conferência.

Ioschpe destacou a relevância de o Brasil articular compromissos climáticos globais com a ação do setor privado, apontando que apenas a integração entre empresas, governos e sociedade civil permitirá manter viva a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C.

 

Na sequência, Júlia Cortez da Cunha Cruz, secretária nacional de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ministrou a palestra “ESG como ponte entre circularidade, cadeias produtivas e finanças sustentáveis”

Júlia ressaltou que a economia circular deve ser compreendida como estratégia transversal, capaz de integrar inovação tecnológica, geração de valor e justiça social:

O Brasil tem condições de liderar essa agenda, unindo competitividade econômica à proteção ambiental e à inclusão social”, afirmou.

 

 

Painel 1 – Circularidade como motor de inovação e desenvolvimento

Mediado por Sóstenes Marchezine, vice-presidente do Instituto Global ESG, o painel reuniu especialistas de diferentes áreas para discutir como políticas públicas, ciência e inovação podem transformar a economia circular em modelo estruturado.

 

Participaram do debate:

 

  • Rodrigo Rollemberg, deputado federal, ex-secretário nacional de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, gestor do Plano Nacional de Economia Circular e ex-governador do Distrito Federal;
  • Thiago Oliveira Rodrigues, pesquisador do IBICT/MCTI na Coordenação de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos;
  • Simone Mendonça, doutora em Saúde Pública, pesquisadora da Embrapa em aproveitamento de coprodutos, resíduos e biomassa, integrante do portfólio de Economia Verde;
  • Marisa Prado, doutora em Geociências, supervisora de Sustentabilidade Corporativa da Embrapa e gestora do acordo de cooperação entre Embrapa e Instituto Global ESG;
  • Júlia Cruz, secretária nacional de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), que complementou sua palestra magna participando também do debate.

 

O painel contou ainda com a participação especial de:

 

  • Selma Beltrão, diretora executiva da Embrapa;
  • Alexandre Arnone, presidente do Instituto Global ESG e chairman do Grupo Arnone;
  • Giovanni Mendonça, consultor da vice-presidência de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica Federal.

 

 

Considerações e reflexões

O painel consolidou a percepção de que a economia circular precisa ser incorporada como política de Estado e estratégia empresarial. Rollemberg defendeu instrumentos de política industrial que deem escala à circularidade; Rodrigues destacou a ciência aplicada e o potencial das novas tecnologias para transformar resíduos em insumos; Mendonça trouxe evidências da biomassa como ativo estratégico; Prado ressaltou a importância das parcerias entre instituições públicas e privadas para viabilizar soluções práticas; e as participações institucionais de Selma Beltrão, Alexandre Arnone e Giovanni Mendonça reforçaram a integração entre pesquisa, governança e financiamento.

 

As falas reforçaram que a circularidade não deve ser vista apenas como tendência, mas como imperativo econômico e social. A transição para cadeias produtivas regenerativas depende da articulação entre inovação tecnológica, marcos regulatórios, financiamento verde e engajamento da sociedade.

 

 

Contexto do evento

O Global Meeting – Circuito COP30 é uma realização do Instituto Global ESG e do Movimento Interinstitucional ESG na Prática, em parceria com a Embrapa e o Grupo R2. Conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal, referência em finanças sustentáveis, e com o fomento do Grupo Arnone. A edição tem ainda apoio de uma ampla rede interinstitucional de entidades públicas e privadas.

 

O simpósio foi transmitido ao vivo pelo portal Poder360, parceiro de mídia do Programa ESG20+ e do Movimento ESG na Prática, e pelo canal da TV Global ESG no YouTube. A programação integra a série de edições do Global Meeting rumo à COP30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.


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